Incêndio na APA Alter do Chão mobiliza bombeiros em operação de combate ao fogo que durou 4 horas

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Incêndio em Alter do Chão em setembro de 2019 — Foto: Exército/Divulgação

Registro aconteceu na tarde de domingo (20) após guarda-vidas avistarem cortina de fumaça nas matas. Área queimada ainda não foi contabilizada.

Um incêndio na Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará, foi registrado no domingo (20). As chamas começaram durante a tarde e para contê-las foram necessárias cerca de 4 horas de operação. No dia 14 de setembro completou um ano do incêndio que destruiu área equivalente a 1.647 campos de futebol dentro da APA.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um cortina de fumaça foi avistada pelos guarda-vidas que estavam nas praias de Alter do Chão. Uma equipe foi deslocada para verificar a extensão da queimada.

As chamas consumiram a vegetação no lado oposto ao registrado em 2019, na estrada que dá acesso à comunidade Ponta de Pedras. A suspeita é que pessoas que estão loteando a área tenham limpado terrenos e depois ateado fogo, não fazendo as linhas de aceiro – medida que ajuda a conter o incêndio dentro de uma determinada área.

Ao chegar no local, a equipe de guarda-vidas do 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4ºGBM) percebeu a extensão das chamas. Cerca de meia hora depois novas equipes, já equipadas para combate ao fog, iniciaram a operação para conter o incêndio. A ação encerrou no início da noite e a área queimada ainda não foi calculada.

Nas imagens de satélite do Fire Information for Resource Management System (Firms), sistema que reúne informações sobre incêndios no mundo, registraram focos na APA Alter do Chão.
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Imagem de satélite apontou fogo de incêndio na APA Alter do Chão no domingo — Foto: Reprodução/FIRMS

Loteamento

Em vídeos gravados durante a operação dos bombeiros é possível observar que a área é toda demarcada em lotes. O G1 questionou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) sobre fiscalizações na APA e acompanhamento da situação de queimadas na região. Até a publicação desta reportagem não teve resposta.

Incêndio em agosto

No dia 30 de agosto deste ano, equipes de órgãos ambientais e Corpo de Bombeiros, atenderam uma ocorrência na área conhecida como “Capadócia”, que fica na APA Alter do Chão. As chamas foram contidas por bombeiros militares.

A suspeita é de que o foco de incêndio tenha iniciado após alguém atear fogo em lixo. A fumaça chamou a atenção dos moradores das proximidades, mas não foi de grandes proporções.

Incêndio na APA em 2019

1.647 campos de futebol ou 1175,687 hectares. Essa foi a área queimada no incêndio de grandes proporções que atingiu a APA Alter do Chão em setembro de 2019. A estimativa foi feita através de imagens de satélite captadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Foram mobilizados para conter as chamas cerca de 60 militares do bombeiro, 150 militares do Exército, brigadistas voluntários, agentes do Ibama, ICMBio, Polícia Militar, Polícia Civil e servidores da Prefeitura de Santarém.

Nos desdobramentos sobre o caso que teve repercussão internacional, a Polícia Federal concluiu que não foi possível apontar a autoria dos incêndios na Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, e pediu o arquivamento do caso.

O relatório sobre o inquérito policial aberto para apurar o caso foi enviado à Justiça e ao Ministério Público Federal (MPF) para análise.

À época, quatro brigadistas chegaram a ser presos, por dois dias, suspeitos de provocar o fogo para se beneficiar da doação de dinheiro destinado ao combate às chamas.

Os brigadistas chegaram a ser apontados, pelo delegado de Polícia Civil Waldir Freire Cardoso, como responsáveis pelas queimadas, mas negaram as acusações e foram autorizados pela Justiça a morar em São Paulo, perto de suas famílias.

Por Geovane Brito, G1 Santarém — Pará

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