Incêndios florestais destroem plantações de cacau e afetam saúde de 600 indígenas no Pará
Bombeiros combatem focos de calor — Foto: Reprodução/TV Liberal
Indígenas da aldeia Munduruku e produtores de cacau em Ourilândia do Norte têm sofrido com os incêndios na região.
Os incêndios florestais têm afetado a saúde de 600 indígenas que vivem na terra indígena Munduruku, em Jacareacanga, e destruído plantações inteiras de cacau, ameaçando a cadeia econômica do fruto, em Ourilândia do Norte, no Pará.
O Pará é responsável por 51,8% da produção nacional de cacau. As lavouras atingidas ficam em um assentamento distante a 20 quilômetros da sede do município de Ourilândia do Norte.
“O que vou fazer agora? Como vou tirar o sustento da minha família?”, questionou o produtor Joaquim Ciríaco.
Ele caminha emocionado entre as cinzas do que sobrou na plantação de três mil pés de cacau. “Queimou tudo! Só não queimou o barro porque apaguei o fogo a tempo. É triste demais”, contou emocionado, enquanto tenta combater os focos que ainda surgem próximo a lavoura dele.
Ourilândia do Norte ocupa o 7º lugar no ranking das cidades paraenses com maior número de focos de calor nos últimos três dias, segundo ao Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 27 focos registrados entre quarta-feira (28) e sexta (30).
Já Altamira, no sudoeste do estado, concentra o maior número de focos de calor no estado (318 focos). No mesmo período o Pará registrou 1.253 focos de calor. As queimadas têm resultado em danos ao meio ambiente, afetado populações indígenas e impactado na economia.
Na terça-feira (27), o governo do Estado publicou decreto no qual proíbe o uso do fogo em território paraense.
No assentamento Casulo II Raimundo Paulino da Silva Filho, criado em 2020, as lavouras de cacau também foram destruídas pelo fogo que já se espalhou por 25 quilômetros de floresta.
“Queimou tudo! Destruiu tudo. Queimou o nosso cacau”, lamentou o agricultor Sirlei Fonseca.
O incêndio também destruiu a plantação do vizinho dele, que ainda não teve tempo de contabilizar o prejuízo.
“A situação é triste. Acordo 5h para combater o fogo e evitar o maior prejuízo”, disse o agricultor João Alves Bezerra.
A prefeitura de Ourilândia do Norte decretou situação de Emergência por 180 dias. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente solicitou reforços para o Corpo de Bombeiros. Uma equipe foi deslocada de São Félix do Xingu.
Os militares são os mesmos que atuaram na operação Fênix, que combate incêndios florestais e desmatamentos no Pará.
O trabalho de combate ao fogo exige uma atuação continua de bombeiros que atuam mesmo quando as chamas são controladas aparentemente.
“Estamos verificando a área e orientando a população local a respeito das queimadas que são crime”, destacou o tenente Victor, do Corpo de Bombeiros.
Indígenas
A paisagem ao redor da aldeia indígena Missão São Francisco, na terra indígena Munduruku, em Jacareacanga, também mudou nos últimos dias e está coberta pela fumaça por conta dos incêndios florestais, há quase duas semanas.
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