Israel bombardeia Gaza em resposta a disparos de mísseis

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Autoridades palestinas não concordaram em estender trégua que terminou nesta

As forças militares israelenses realizaram na manhã desta sexta-feira (8) um bombardeio em resposta aos lançamentos de mísseis por militantes palestinos após o fim da trégua de três dias. As Forças de Defesa de Israel (GDA) classificaram os novos ataques do Hamas de inaceitáveis e intoleráveis.

Mais de 18 foguetes foram lançados em Israel após o fim da trégua de 72 horas com o Hamas, que terminou às 2h da manhã desta sexta-feira (8h da manhã em Israel), informaram as forças militares. Dois dos foguetes foram interceptados, 14 atingiram áreas abertas e dois caíram em Gaza. Em resposta, as forças aéreas isralenses retomaram os ataques em Gaza.

Um porta-voz do grupo islâmico, que mantém o poder em Gaza, disse que autoridades palestinas não concordaram em estender o cessar-fogo, mas vão continuar as negociações no Cairo.

Cerca de três horas antes do fim da trégua, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) Exército de israelense disse que dois foguetes lançados de Gaza atingiram o sul de Israel, sem causar vítimas. “Terroristas violaram o cessar-fogo”, escreveu o IDF no Twitter. O Hamas negou ter lançado os projéteis antes do fim da trégua. Ainda não está claro qual grupo militante disparou os foguetes.

Cerca de meia hora antes do término do prazo para o fim da trégua, o movimento islâmico Hamas anunciou no Cairo, que não manteria o cessar-fogo, diante da recusa do Estado judeu em aceitar suas exigências.

— Nos recusamos a prolongar o cessar-fogo, é uma decisão final. Israel não propôs nada e não aceitou acabar com o bloqueio sobre a Faixa de Gaza — declarou um membro da delegação do Hamas nas negociações no Cairo.

Durante uma longa reunião durante a noite, os mediadores egípcios insistiram com os palestinos na tentativa de obter uma prorrogação do cessar-fogo. Israelenses e palestinos realizavam no Cairo negociações bastante difíceis, com mediação do Egito, com a esperança de transformar o cessar-fogo em uma trégua duradoura.

Durante a quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse não estar certo de que a batalha terminaria.

— Tudo depende se querem continuar essa batalha. Devemos encontrar uma solução pacífica. Sim, é possível — declarou o premier, garantindo que Israel não tem nada contra o povo de Gaza e quer ajudá-lo a se livrar da “tirania espantosa” do Hamas, a organização islâmica que controla a Faixa de Gaza.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, apelou à delegação palestina no Cairo para que não aceitasse um cessar-fogo sem “a satisfação das demandas do nosso povo” e garantia sua “disposição para uma nova batalha”. Entre as demandas estavam a construção de um porto marítimo, “um fim real da agressão (israelense) e uma verdadeira suspensão do cerco” à Faixa de Gaza.

Mesmo antes da decisão do Hamas, os palestinos acreditavam na retomada dos combates na manhã de sexta-feira, disse uma fonte palestina.

— Se Israel continuar ganhando tempo, não vamos prolongar o cessar-fogo — declarou um membro da delegação palestina no Cairo, que pediu para não ser identificado.

Ansioso para ditar seus termos nas negociações para não parecer que cede às reivindicações do Hamas, Israel havia tomado a dianteira na noite de quarta-feira e anunciou sua disposição de estender a trégua de forma ilimitada, sem qualquer condição.

Iniciada em 8 de julho passado, a operação israelense Barreira Protetora matou 1.890 palestinos, incluindo 430 crianças, de acordo com o Ministério palestino da Saúde. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 73% das vítimas são civis. Do lado israelense, 64 soldados e três civis morreram.

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato  Tel. 3528-1839 Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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