PF e CGU fazem buscas em empresa que teria fraudado licitações e mira contrato firmado com a própria PF
Policiais federais na porta da empresa R7 Facilities, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Grupo usou dados falsos para obter benefícios fiscais e ofertar preço menor, além de usar ‘laranjas’ para ocultar donos, diz PF. Investigados têm ‘dezenas’ de contratos com o governo.
Policiais federais, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), cumprem mandados no Distrito Federal nesta terça-feira (11) contra um grupo de empresas suspeito de ter agido para fraudar licitações.
A TV Globo apurou que o principal alvo é a empresa R7 Facilities (veja detalhes abaixo). Imagens mostram equipes da PF na porta da sede, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA).
Dois homens foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Com o ex-deputado distrital Carlos Tabanez (MDB), sócio da empresa, a PF encontrou dois revólveres .38. Com o outro homem, havia uma pistola .380.
Segundo a PF, as investigações começaram em abril do ano passado e indicam que as firmas:
- têm vínculos “societários, familiares e trabalhistas” – ou seja, pertencem ao mesmo grupo;
- se associaram para fraudar as licitações;
- usaram falsa declaração de dados para obter benefícios fiscais e, com isso, oferecer preço menor nas disputas;
- usava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros donos.
A investigação, segundo a PF, mira “dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a própria Polícia Federal”.
Os mandados desta terça apuram, justamente, o contrato da R7 com a Polícia Federal para a prestação de serviços terceirizados.
Os mandados foram autorizados pelo juiz federal Marcelo Gentil Monteiro, da 12ª Vara Federal Criminal do DF.
Benefícios irregulares e uso de ‘laranjas’
A principal empresa investigada, segundo apurou a TV Globo, é a R7 Facilities – que venceu uma concorrência recente, de R$ 321 milhões, para prestar serviços gerais ao governo federal.
A licitação previa a contratação de 1.216 funcionários terceirizados por um período de três anos, e era a maior concorrência já feita para esse tipo de serviço.
O Ministério da Gestão e Inovação, no entanto, desclassificou a R7 da competição apontando dois fatores:
- uso indevido da desoneração da folha de pagamentos para reduzir o preço ofertado na licitação – já identificado pela Controladoria Geral da União (CGU) em contratos anteriores;
- falta de indícios de que a R7 teria capacidade em arcar com os custos para a prestação do serviço.
A R7 também é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por, supostamente, estar registrada em nome de “laranjas”.
Essa investigação foi aberta em 2024, após presos fugirem do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN). A R7 prestava serviços de manutenção para a unidade e, após a fuga, os contratos envolvendo o presídio foram reexaminados.
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