PF faz buscas em endereços ligados a Witzel em operação contra fraudes em hospitais de campanha

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Veículos da Polícia Federal na operação Placebo no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Operação Placebo cumpre 12 mandados em locais como o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador

Com equipes vindas de Brasília, a Polícia Federal fez uma operação nesta terça-feira, dia 26, no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC-RJ), e no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.

A finalidade é a apuração dos indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência em razão da pandemia do novo coronavírus no Rio de Janeiro.

Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 15 equipes, sendo dez na capital fluminense e dois na cidade de São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo ministro Benedito Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Witzel acompanhou as buscas o tempo todo no Palácio das Laranjeiras e divulgou uma nota oficial para negar qualquer participação em esquema de desvios.

Investigações iniciadas no Rio pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.

pf3Policiais federais em frente à residência particular de Witzel, no Grajaú Foto: Reprodução TV Globo

No Palácio com Witzel, estavam a mulher e os três filhos — que não presenciaram as buscas. Depois de cerca de três horas, três veículos da PF e um da MPF deixaram o local pouco antes das 9h. Os agentes recolheram dezenas de papéis que estavam na residência oficial e na sede do governo (Palácio Guanabara).

O material foi levado para a sede regional da PF, na Praça Mauá, e à tarde será encaminhado para o sede da corporação, em Brasília. Dois advogados pessoais de Witzel chegaram ao Palácio Laranjeiras pouco depois das 9h. Os defensores não chegaram a acompanhar as buscas e apreensões que aconteceram na residência oficial do governador.

A equipe da Polícia Federal veio de Brasília (DF) e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio perto das 5h30m. Quatro viaturas descaracterizadas da PF foram para o Palácio da Laranjeiras. Agentes também estiveram no Palácio Guanabara, sede do governo do estado; na casa da Rua Professor Valadares, no Grajaú, na Zona Norte, onde morava o governador antes de assumir o mandato; e no apartamento na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, na Zona Sul do Rio, residência do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, preso em uma operação em 7 de maio.

Os investigadores também foram ao escritório de advocacia da mulher do governador, a primeira-dama Helena Witzel, no Leblon. Outra equipe está em frente à casa do ex-secretário de saúde Edmar Santos, na Rua Dezenove de Fevereiro, em Botafogo, também na Zona Sul. Uma equipe também esteve na sede da Secretaria Saúde do Estado, na Rua México, no Centro.

pf4Equipe da PF cumpre mandado de busca na casa do ex-secretário de Saúde Edmar Santos Foto: Reprodução TV Globo

Uma equipe da PF foi à sede do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), na área Central do Rio. O objetivo é apreender documentos ligados à contratação dos sete hospitais de Campanha no estado.

Em nota, a direção do Iabas esclarece que “forneceu às autoridades todas as informações e documentos solicitados e está à disposição para quaisquer novos esclarecimentos. O objetivo do Iabas é promover o melhor atendimento às vítimas da Covid-19 e salvar vidas”.

A Operação Placebo apura suspeitas de desvios ligados ao Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para a construção de hospitais de campanha para enfrentamento do Covid-19. Segundo as investigações, foi identificado um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.

No dia 14, foi desencadeada a Operação Favorito pela Polícia Federal, que apreendeu cerca de R$ 2 milhões com os envolvidos num esquema de fraudes em contratos de prestação de serviço para Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) celebrado entre o estado e Organizações Sociais (OSs) de saúde. Só com o empresário Luiz Roberto Martins, presidente do Conselho de Administração do Instituto Data Rio (IDR), foi encontrado R$ 1,5 milhão em espécie.

O dinheiro estava escondido na casa dele, em Valença, Sul do estado. Em entrevista coletiva, realizada na semana passada, o Ministério Público do Rio (MPRJ) apontou Martins como o chefe da organização criminosa acusada de desvio de dinheiro público.

Por:Rafael Nascimento de Souza

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