Presidente colombiano vence Nobel da Paz 2016.

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Comitê destacou os esforços do chefe de Estado para acabar com um conflito armado de mais de 50 anos no país
Presidente Juan Manuel Santos, à esquerda, e o líder das Farc, Rodrigo Londono, conhecido como Timochenko, se cumprimentam após assinarem acordo de paz no dia 26 de setembro – Fernando Vergara / APPresidente Juan Manuel Santos, à esquerda, e o líder das Farc, Rodrigo Londono, conhecido como Timochenko, se cumprimentam após assinarem acordo de paz no dia 26 de setembro – Fernando Vergara / AP
Oslo — Em um resultado inesperado, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ganhou o Nobel da Paz por seus esforços para acabar com o conflito armado de mais de 50 anos no país com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O anúncio foi feito pelo comitê que entrega o prêmio na manhã desta sexta-feira. O pacto com a guerrilha, contudo, foi rejeitado em referendo no domingo, o que levou a Colômbia a sair da lista de favoritos ao Nobel.
O comitê responsável pela entrega do prêmio elogiou Santos por seus “esforços determinados para acabar com mais de 50 anos de guerra civil em seu país.”
— O prêmio também deve ser visto como uma homenagem ao povo colombiano — disse a chefe do comitê Kaci Kullmann, ao anunciar a honraria. — Os eleitores não disseram ‘não’ à paz, mas ao acordo.
O prêmio excluiu deliberadamente o líder das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido por seu nome de guerra Timochenko, que assinou o acordo com o Santos.
Os dois estavam entre os mais cotados para receber o prêmio antes da derrota no referendo. Depois do “não” ao acordo, pesquisadores de iniciativas de paz retiraram a Colômbia de uma lista de favoritos.
A premiação foi concedida muitas vezes a processos de paz promissores, como o da Irlanda do Norte em 1998, entre israelenses e palestinos em 1994 e até no Vietnã em 1973, mas jamais indo de encontro a uma votação popular.
No valor de (US$ 930 mil), o prêmio será entregue em Oslo em 10 de dezembro.
NEGOCIAÇÕES CONTINUAM
Apesar da rejeição ao acordo, as negociações para a paz continuam na Colômbia. O presidente Santos e o ex-presidente Álvaro Uribe, líder da campanha pelo “não”, se reuniram nesta semana para tentar salvar o pacto. Uribe defende que alguns pontos sejam revistos.
Os líderes das Farc também se mostraram determinados a continuar as conversas e prometeram não voltar à guerra.
O resultado apertado no referendo — 50,21% para o “não” e 49,78% para o “sim” — evidenciou um país dividido sobre como alcançar a paz.
O conflito na Colômbia provocou a morte de 260 mil pessoas e deixou quase 7 milhões de deslocados internos e 45 mil desaparecidos.
OUTROS FAVORITOS
Entre os mais cotados estavam os moradores de ilhas gregas que ajudaram refugiados, simbolizados na figura do pescador Stratis Valiamos, os capacetes brancos da Síria, os negociadores do acordo nuclear iraniano, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, o ex-analista da CIA Edward Snowden, que revelou o programa de espionagem dos EUA, o Papa Francisco e outros.
Em 2015, o vencedor foi o Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia por “sua contribuição decisiva para a construção de uma democracia pluralista na Tunísia, na esteira da Revolução de Jasmin de 2011”. O grupo inclui quatro organizações: a União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT, um sindicato), a União Tunisiana da Indústria, do Comércio e do Artesanato (Utica, patronato), a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia (ONAT) e a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos (LTDH).
No ano anterior, levaram o Nobel da Paz a paquistanesa Malala Yousafzai e o ativista indiano de direitos humanos Kailash Satyarthi.

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