Produção de soja no Pará crescerá mais de 60% em dez anos, segundo Ministério da Agricultura

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Órgão diz que a região Norte tem grande potencialidade na produção não apenas da soja, mas do milho, do arroz e outros grãos(Foto:Reprodução)
A produção de soja no Pará deve crescer 4,8% ao ano na próxima década. De acordo com as projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atualmente, em território paraense, são produzidas 2,1 milhões de toneladas de soja anualmente. Este número deve saltar para 3,5 milhões de toneladas até 2031 – o que representa um crescimento total na ordem de 62,8%, segundo apontam os dados divulgados na última quarta-feira (07), pelo Mapa.

Conforme explica o chefe-geral de Planejamento do Mapa, José Garcia Gasques, a região Norte tem grande potencialidade na produção não apenas da soja, mas do milho, do arroz e outros grãos. “O Norte deve registrar o maior crescimento, tanto em termos de produção como de área plantada de grãos, dentre todas as regiões do Brasil. O Pará tem uma enorme relevância neste contexto. Em Rondônia, por exemplo, a produção de soja hoje é de 1,3 milhão [de toneladas], ou seja, em território paraense se produz quase o dobro. Em dez anos, Rondônia terá produção de 2 milhões de toneladas, um milhão e meio a menos que a projeção do Pará”, explica.

Ainda segundo Gasques, o maior produtor de soja da região Norte é o Tocantins, com um desempenho produtivo atual na ordem de 3,5 milhões de toneladas, e com estimativa de 4,8 milhões de toneladas até 2031. Ainda que os números do estado vizinho sejam superiores aos do Pará, a variação em termos de crescimento na década não deve chegar a 36% em solo tocantinense – o que explica que a expansão do Pará ocorre de maneira mais célere. Ele esclarece que, além do crescimento estimado em 4,8% ao ano no Pará, a produção nortista deve ter elevação em Rondônia (4,3%), e Tocantins (3,2%).

A justificativa para a alavancada, conforme explica Garcia, está na logística. “É preciso considerar a perspectiva do mercado para a abertura de canais de escoamento pelos portos do Pará. Grande parte da produção brasileira, sobretudo da região Centro-Oeste, acaba deixando o País pelos portos do Sul e Sudeste. Mas o mercado atenta para os investimentos no Norte, sobretudo em Santarém”, reforça. Ainda assim, o chefe-geral de Planejamento do Mapa diz que a Amazônia ainda precisa vencer alguns desafios, sobretudo os ligados às questões ambientais. “Acredito que a questão da disponibilidade de áreas para o cultivo na região Norte é insuficiente para competir com o Centro-Oeste. Isso envolve legislação ambiental, e pode sim ser um limitador do crescimento”, acrescenta.

DESAFIOS

Conforme avalia o economista e professor Rosivaldo Batista, são inúmeros os desafios que o Pará tem pela frente até alcançar a dianteira da produção nacional de grãos. “Estamos em um estado com todas as condições, em termos de solo, de clima, mercado e, sobretudo, de logística, para se tornar um grande produtor de grãos. Ou seja, referente ao fator de produção, não há empecilhos. O que falta são estímulos para que o cultivo seja interessante para o produtor paraense. Temos dificuldades, por exemplo, com as barreiras não-tarifárias, que prejudicam a produção dos estados na Amazônia”, aponta.

Para Batista, o Pará deve se tornar, nos próximos anos, um dos principais produtores de grãos do País. “Hoje ocupamos a 14ª colocação no ranking nacional, com 2,8 milhões de toneladas de produção anual, então temos muito espaço para produzir, sobretudo a soja, o milho e arroz. É mesmo uma questão de estímulo empresarial”, comenta. Ele reforça que a logística consolida ainda a pujança do Pará e o cenário positivo. “Temos portos preparados e mais proximidade dos mercados externos, o que representa uma grande vantagem”, argumenta.
Por:Débora Soares
11.07.21 7h00
Fonte:Agência Pará
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