Seca muda paisagem de Alter do Chão, o ‘caribe amazônico’

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Banhistas passam a pé em leito mais seco do no rio Tapajós, em Alter do Chão, no Pará –  (Foto:Manoel Cardoso/Folhapress)

A estiagem no sul amazônico alterou a paisagem de pontos turísticos como Alter do Chão, distrito de Santarém, no Pará. O rio Tapajós tinha altura de 1,58 m nesta terça-feira (3), o nível mais baixo desde 2010 —ano da seca considerada a mais drástica desde o século 20— para a mesma data, quando a medição foi de 1,32 m, segundo a Defesa Civil do município.

As mudanças causadas pela estiagem são notadas nas principais praias da vila balneária de Alter do Chão, conhecida como o “Caribe da Amazônia”, distante 37 quilômetros de Santarém.

Na tarde desta segunda-feira (2), a reportagem acompanhou banhistas que passavam a pé em um ponto do rio que está seco, onde antes nadavam.

A estiagem já é esperada neste período do ano, considerado o verão amazônico. Desta vez, no entanto, a baixa no nível do rio está além da média e já causa dificuldades na região do balneário. Há relato de falta de água potável em algumas comunidades do entorno, embora Alter do Chão em si não tenha registrado casos do tipo.

“Em Alter do Chão, os serviços estão normais”, diz o coordenador da Defesa Civil de Santarém, Darlison Maia.

No canal que liga a vila à Ilha do Amor, onde no período chuvoso (inverno amazônico) a travessia é feita através de catraias (canoas), por conta da estiagem do rio Tapajós, os banhistas agora atravessam caminhando.

Outro ponto onde é possível constatar a dimensão da seca fica próximo ao centro de atendimento ao turista. No local, as vigas da ponte estão aparentes e um lago secou. “Alguns peixes e quelônios [(animais de casco como tartarugas] morreram”, conta o presidente do Conselho Comunitário de Alter do Chão, Mauro Vasconcelos.

Praia de Alter do Chão é banhada pelo rio Tapajós. Foto:Adriano Vizoni /Folha Press
Praia de Alter do Chão é banhada pelo rio Tapajós. Foto:Adriano Vizoni /Folha Press

Neste mesmo início do mês, em 2022, o nível do Tapajós estava basicamente o dobro, na marca de 3,80 metros.

Diante desse quadro, o serviço dos catraieiros, que fazem a travessia dos passageiros pelo Tapajós por canoas, minguou. O turismo como um todo, porém, não foi alterado, na avaliação de Vasconcelos.

“Os turistas estão atravessando andando para a ilha [do Amor], e algumas pessoas que precisam pegar as lanchas estão caminhando até um quilômetro até o local onde o rio é mais profundo e está navegável”, explica.

Os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023 serão mais secos do que o habitual na região Norte, segundo nota conjunta de Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres).

No Pará, a área afetada pela seca avançou de 48% para 59% do território nos meses de julho e agosto, segundo a ANA.

Em razão da seca nos rios Tapajós e Amazonas, comandantes de embarcações precisam redobrar os cuidados na navegação.

A Capitania Fluvial de Santarém recomenda que os comandantes estejam atentos principalmente aos bancos de areia e que não naveguem à noite em trechos críticos. A Marinha alerta ainda para rajadas de vento, durante alguns períodos do dia, que podem provocar naufrágios.

Fonte:Folha de São Paulo/e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 04/10/2023/ 05:58:07

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