Setor produtivo do Pará ecoa fala de Bolsonaro sobre desmatamento

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(Foto:Reprodução) – Para as lideranças, as ilegalidades ocorridas na floresta prejudicam a imagem da indústria da Amazônia e concorrem de forma desleal com as atividades que atuam na legalidade e de forma sustentável

Entre lideranças do setor produtivo do Pará, o ponto em comum sobre o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na abertura da Cúpula do Clima, na manhã de quinta-feira (22), foi sua ênfase em assumir o compromisso com data – até 2030 – para o fim do desmatamento ilegal na Amazônia.

Para lideranças dos setores da indústria e do agronegócio, as ilegalidades ocorridas na floresta prejudicam a imagem da indústria da Amazônia e concorrem de forma desleal com as atividades que atuam na legalidade e de forma sustentável.

O presidente discursou por videoconferência no evento, no qual também se comprometeu a reduzir em 37% as emissões de carbono até 2025, e antecipar para 2050 a neutralidade climática, mesmo o Brasil tendo participado “com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais”, lembrou Bolsonaro.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, a fala de Bolsonaro reforça a soberania dos brasileiros sobre a Amazônia. “Avalio que pela primeira muitas verdades foram ditas, porque as 28 nações europeias já desmataram 99,7% das suas florestas, mas ainda assumem posicionamento de reclamar do Brasil, que mantém 54% de suas florestas preservadas e usa um código florestal dos mais rígidos do mundo”, opina.

Xavier diz que esse posicionamento também reforça o potencial do Brasil, que tem hoje uma grande organização sustentável do agronegócio, com reflexo importante sobre a Amazônia paraense, que tem a maior parte de seu território protegido por reservas florestais, áreas de terras indígenas e quilombolas, e sendo detentor hoje de 3,2% da água doce mundo. “O olhar do mundo para a Amazônia brasileira é sobretudo pelo fato de termos um clima que vai permitir ao Brasil ser um dos maiores detentores da produção de alimentos no mundo”, diz ele.

O presidente da Faepa afirma ainda que essa condição coloca muitos interesses comerciais acima da real discussão sobre as responsabilidades pela preservação das florestas contra o desmatamento que, na sua avaliação, vem sendo combatido pelo governo federal. “O desmatamento e sobretudo as queimadas infelizmente são um problema mundial, mas não é o Brasil o maior devedor nesse combate, ao contrário”, reitera.

No setor da indústria, o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Deryck Martins, afirma que o posicionamento do presidente Bolsonaro, especialmente sobre o compromisso com o fim do desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, representa os anseios do setor industrial organizado do Pará. “É muito relevante e coaduna com os objetivos da Federação das Indústrias, que defende a importância de combater a ilegalidade que prejudica a imagem da indústria da Amazônia e, por vezes, concorre de forma desleal com as atividades que atuam com legalidade, com rastreabilidade e com sustentabilidade”, afirma.

Desafios – Sobre a fala na qual o presidente Jair Bolsonaro afirma que “diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental podermos contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas”, o engenheiro Lutfala Bitar, presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), pondera que, embora seja um fato que as nações europeias já desmataram suas florestas em níveis elevados, o Brasil precisa se posicionar à frente dessas ações.

“Mais importante do que a cooperação da comunidade internacional em favor da Amazônia, é o Brasil, verdadeiramente, liderar as ações de preservação desse grande patrimônio”, diz ele, afirmando que “essa é uma responsabilidade que o nosso país precisa assumir para garantir o nosso futuro e o futuro das novas gerações”, avalia Bitar.

Comunidades – Para o presidente da Associação das Indústrias de Madeira do Estado do Pará (Aimex), Eduardo Leão, um dos pontos do discurso defendeu uma bandeira que também é da entidade, que é a necessidade de melhorar a qualidade de vida da gente que vive na Amazônia. “Nesse sentido, vemos a relevância das atividades econômicas sustentáveis na Amazônia, entre elas o manejo florestal, que gera renda às comunidades e agrega valor a produtos florestais”, diz Leão.

Ele ressalta que o manejo ainda ajuda no sequestro de carbono, processo que envolve o corte seletivo de árvores com idade avançada, que em pouco tempo não teria mais a função de sequestrar, mas sim, de emitir carbono na fase de decomposição. “O manejo é, portanto, uma forma de contribuir para o clima mundial e ainda melhorar a condição de vida da nossa população. Poucas atividades reúnem os benefícios do manejo, que são a sustentabilidade e o desenvolvimento sócio- econômico”, afirma o presidente da entidade.

Por:Redação Integrada

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