Siameses são separados durante cirurgia em Belém

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Uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais foi responsável pelo sucesso da primeira cirurgia de separação de gêmeas siameses em um hospital público da região Norte do país. As irmãs nasceram na Santa Casa do Pará no último sábado (12), ligadas pelo adômen e dividindo internamente o fígado. A operação foi feita na última quarta-feira (14).

Segundo o médico Eduardo Amoras, chefe do serviço de cirurgia pediátrica da Santa Casa e coordenador do procedimento que separou as gêmeas, cerca de 20 profissionais trabalharam na operação, que durou quatro horas. Ele disse que o planejamento minucioso dos cirurgiões pediátricos e anestesistas foi o indicador para que a cirurgia obtivesse êxito.

“O fato de a mãe ter feito um pré-natal adequado foi um fator primordial. As gêmeas já vinham sendo acompanhadas desde a gravidez. O modo de como as crianças foram assistidas no parto e os equipamentos de última geração usados na cirurgia também foram essenciais. Tudo isso, unido à equipe multiprofissional, resultou no sucesso da cirurgia”, afirmou Eduardo Amoras.

O médico cirurgião Maurício Iasi, também coordenador da equipe, ressalta que agora o momento é de espera e de muita atenção para uma recuperação tranquila e sem intercorrências. “Fizemos um procedimento de alta complexidade. Antes, as gêmeas passaram por uma série de avaliações e exames para verificar o risco da separação e se não tinham outros órgãos compartilhados. Tudo ocorreu bem porque tínhamos uma circunstância muito favorável de profissionais, logística e tecnologia”, avaliou.

Os pais da criança, Diego e Ruana Santos Barbosa, moradores do bairro do Guamá, em Belém, contam que o medo era grande. “Agradeço muito à equipe médica da Santa Casa, que cuidou de mim desde o pré-natal, quando o caso foi diagnosticado. Todos sempre me trataram muito bem, incluindo a equipe que fez a cirurgia. Agora é esperar e rezar para que elas se recuperem o mais rápido possível, para eu levar minhas filhas para casa, dar banho, trocar as roupinhas e, principalmente, dar de mamar”, conclui Ruana Santos.

 

Fonte: ORM.

 

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