Suposto assalto a nadadores repercute mundo afora: “Poucas evidências”

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Quatro nadadores americanos alegam terem sido rendidos por homens armados no Rio de Janeiro no último sábado. Justiça brasileira proíbe atletas de deixarem o país
Depois de polêmicas sobre a Vila Olímpica, a cor das piscinas do Maria Lenk e vaias nas arquibancadas, mais um tópico se junta àqueles que causam discussão sobre a Rio 2016 na imprensa internacional. Desta vez, o assunto é o suposto assalto à mão armada a quatro nadadores americanos no último domingo, quando eles voltavam de táxi de uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Nessa terça-feira, a Justiça brasileira proibiuRyan Lochte, Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen de deixarem o país e expediu um mandado de busca e apreensão à Vila Olímpica, onde os passaportes seriam apreendidos. Lochte, no entanto, já retornou aos Estados Unidos.
Ao site “TMZ”, o advogado de Ryan Lochte disse ter ficado surpreso com a notícia do pedido de retenção dos passaportes. Jeff Ostrow garantiu que o atleta já está “seguro” de volta aos Estados Unidos
– Estou chocado em ouvir que eles iriam tomar essas medidas para investigar o incidente porque ele não tem feito nada além de cooperar com as autoridades, incluindo sentar para um depoimento completo na polícia de apoio ao turista, o departamento americano, o FBI, e qualquer um que tenha solicitado a presença dele – afirmou.
Nesta quarta-feira, o jornal americano USA Today também trata do caso e fala sobre boatos que de mandados de prisão teriam sido expedidos contra os nadadores. O veículo apresenta posição oficial do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC), que desmente a versão de que atletas tenham sido presos e garante continuar cooperando para solucionar o caso.
– Não houve esforços para deter ninguém [nenhum dos atletas americanos], mas a polícia tinha mais perguntas nesta manhã. Este é um assunto para o nosso consulado e a serviço dos cidadãos americanos, e nós vamos continuar cooperando com todos os envolvidos = afirmou o porta-voz do USOC, Patrick Sandusky.
Na versão on line da ESPN americana, o foco recai sobre a justificativa de Ryan Lochte por ter demorado a relatar o roubo ao comitê olímpico americano. Em entrevista ao USA Today, o nadador afirmou que ficou com medo de entrar em confusão por conta do caso. A ESPN lembra que a explicação do atleta surgiu depois que a polícia informou não ter encontrado testemunhas sobre o caso:
– A resposta de Lochte vem depois que um oficial de polícia com conhecimento da investigação disse à Associated Press, no início de terça-feira, que a polícia não encontrou o motorista do táxi ou testemunhas, e que os nadadores foram incapazes de fornecer detalhes importantes em interrogatórios policiais – diz o texto.
Baseando-se na informação da Associated Press, o veículo britânico The Telegraph destaca que a polícia brasileira encontrou poucas evidências de que o roubo tenha acontecido. E, assim como a ESPN, lembra que o advogado de Lochte, Jeff Ostrow, garante que o roubo aconteceu e que o nadador contratou serviço de segurança depois do incidente.
Ryan Lochte teria sido assaltado depois de uma festa na Casa da França, na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada desse domingo. O atleta, que havia sido convidado pelo brasileiro Thiago Pereira, disse que estava num táxi com os outros três atletas dos Estados Unidos quando teria sido abordado por bandidos armados portando distintivos falsos. James Feigen, no entanto, contou à Polícia que o homem que rendeu o táxi estava em um veículo branco antigo.
Outro ponto importante que chamou a atenção dos investigadores foi o vídeo divulgado pelo jornal britânico Daily Mail nessa terça-feira, onde os atletas aparecem chegando tranquilamente à Vila Olímpica depois do ocorrido (veja no vídeo abaixo). Por volta de 7h da manhã – e não 4h, como alegaram -, eles passam pelo detector de metais e, usando relógios, depositam celulares e outros objetos na bandeja. Eles também não parecem estar embriagados  disseram, e até brincam.
Lochte prestou depoimento no domingo à noite na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon. O atleta repetiu a versão que Feigen havia contado à polícia e disse que estava bêbado e não lembra detalhes do assalto – só os dois prestaram depoimento. Os agentes ainda procuram o taxista que teria levado os nadadores da Lagoa à Vila Olímpica. A polícia tem as imagens do posto de gasolina, onde os atletas pegaram o táxi, e busca registros de câmeras de segurança que ficam no trajeto.
Em entrevista ao canal “NBC”, dos Estados Unidos, Lochte repetiu a versão dada inicialmente à polícia.
– Nosso táxi foi abordado. Os caras vieram com distintivos de policia, sem luzes, só distintivos, e mandaram a gente descer. Apontaram armas. Mandaram os outros nadadores deitarem no chão, eu me recusei, sabia que tinha algo errado. Ele apontou a arma para minha cabeça, pegou nosso dinheiro e a minha carteira.
Aos 32 anos, Ryan Lochte é considerado um dos maiores atletas olímpicos de todos os tempos. Ele, no entanto, teve participação discreta na Rio 2016. Mas com o ouro do revezamento 4x200m livre, alcançou sua 12ª medalha nos Jogos, se tornando o segundo nadador com mais pódios na história.

Por GloboEsporte

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