50% das vítimas de violência doméstica no Pará não possuem renda

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(Foto:Arquivo / Jorge Abreu / G1) –  Outro dado indica que mais da metade das vítimas reata com o agressor por pressão familiar

O Ministério Público do Pará (MPPA) divulgou na última terça-feira (03), cinco dias antes do Dia Internacional da Mulher, dados sobre os casos de violência doméstica no Pará que foram acompanhados pelo órgão. O levantamento traz números de 2019 e foi feito com base em 5.179 registros. Além de trazer apontamentos importantes sobre a violência doméstica no Estado, principalmente no que diz respeito às vítimas, o documento também faz um perfil dos agressores.

Entre os principais achados do levantamento está o fato de que 50% das vítimas declararam não possuir nenhuma renda. O restante declarou receber até um salário mínimo (36%) e até dois salários (14%). Em contrapartida, os agressores, em sua maioria, têm como renda até dois salários (62%) e são homens (97%).

Ainda falando do perfil de agressores e vítimas, a 87% dos casos acontece entre agressores que têm vínculo de afetividade/conjugalidade com a vítima e 13% vínculo de parentesco. A maior recorrência se dá entre pessoas de 40 a 55 anos, que representam 35% do total dos agressores e 29% do total de vítimas.

Mais da metade dos agressores (55%) são solteiros e têm com a vítima um vínculo de afetividade de relacionamento amoroso. Sobre esse vínculo, 37% dos agressores eram/são companheiros de suas vítimas, 4% namorados, 49% ex-companheiros e 11% ex-namorados. As vítimas, em sua maioria (53%), também são solteiras.

Mais de 70% dos casos acompanhados pelo MPPA envolvem agressores e vítimas de Belém, que correspondem, respectivamente, a 77% e 72% do total de registros. Os agressores do interior do Estado representam 16% dos casos e as vítimas 20%.

A maioria das agressões acontece em ambiente domiciliar (70%) e no período da noite, entre às 18h e às 00h (39%). Os outros casos foram registrados em locais não determinados (13%), espaços públicos (8%), meios eletrônicos (7%) e ambiente profissional (2%) no período da manhã (24%), tarde (23%) e madrugada (14%).
HISTÓRICO DE AGRESSÃO

Os casos de violência doméstica, infelizmente, não são isolados. Isso é o que também aponta o levantamento do MPPA. Baseado nas ocorrências acompanhadas pelo órgão, 52% das situações ocorrem em relacionamentos atuais e são frequentes, 24% em relacionamentos anteriores e também eram frequentes, 3% em relacionamentos atuais tendo ocorrido apenas uma vez, 13% em relacionamentos atuais sendo episódios isolados e 4% em relacionamentos anteriores sendo casos isolados.

O fator exacerbador, de acordo com o MPPA, para o caso ocorrer, segundo as denúncias acompanhadas, é, principalmente, o passional (46%), seguido do álcool (23%), disputa familiar (13%), drogas ilícitas (12%) e problemas financeiros.
PUNIÇÃO

De todos os mais de 5 mil casos, apenas 3% apresentam informações sobre prisões em flagrante. Dos outros 97% não há relatos. A prisão cautelar só foi pedida em 2% dos casos. Em contrapartida, 94% das vítimas manifestaram desejo de prosseguir no processo e 97% afirmam não ter qualquer perspectiva de reconciliação.

Dos 2% que ainda disseram ter perspectivas de reconciliar-se com o agressor, 60% explicou ser por pressão familiar, 37% por amor e 3% pelos filhos.

Por:Redação Integrada

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