Abuso Sexual-Federação Espírita condena atendimentos individuais, após denúncias contra João de Deus

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Médium está envolvido em um dos mais conturbados escândalos de abuso sexual dos últimos tempos (Foto: Reprodução/Site Oficial)

A Federação Espírita Brasileira divulgou neste sábado (8) uma nota condenando atendimentos individuais por curadores, após as denúncias de abuso sexual de ao menos 13 mulheres contra João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, um dos médiuns mais famosos do país.

Segundo a federação, “o espiritismo orienta que o serviço espiritual não deve ocorrer isoladamente, apenas com a presença do médium e da pessoa assistida”. A nota não cita o nome do médium diretamente.

As mulheres afirmam, no entanto, que eram chamadas por João de Deus para consultas individuais, na Casa Dom Inácio de Loyola, onde ele faz cirurgias espirituais e passes, em Abadiânia (GO). Elas eram levadas a uma sala adjacente a um banheiro, onde aconteciam os supostos abusos. Outro ponto que se repete é o oferecimento de cristais como presentes.

Ainda de acordo com a nota, a doutrina espírita “não recomenda, portanto, a atividade de médiuns que atuem em trabalho individual, por conta própria. Estes não estão vinculados ao Movimento Espírita, nem seguindo sua orientação”.

O espiritismo atua “com o trabalho de caridade material e espiritual desinteressada, sem nenhum propósito a não ser o de auxiliar os necessitados”.

A nota também cita um pensamento psicografado pelo médium Chico Xavier: “Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela”.

Como mostrou a Folha de S.Paulo em 2012, João de Deus tem o garimpo como fonte de renda e possuía pelo menos uma fazenda de 597 alqueires -o correspondente a 18 parques como o do Ibirapuera (zona sul de São Paulo)- na divisa de Goiás com Mato Grosso. Lá, uma propriedade dessa dimensão não sai por menos do que R$ 2 milhões.

A Casa que administra, fundada em 1976, tem atendimento gratuito, mas também farmácia de manipulação, livraria, lanchonete e loja de cristais benzidos pelo médium. A garrafa de água custava R$ 1 à época, a fluidificada por João de Deus, valia R$ 3.

O grosso do dinheiro arrecadado, porém, vem da venda de frascos de passiflora, calmante natural fabricado pelo grupo. O frasco, com 175 cápsulas, custa R$ 50. Como a média de atendimento é calculada em mil pessoas por dia, três vezes por semana, a receita com a venda pode chegar a R$ 500 mil ao mês.

OUTRO LADO

Em nota enviada ao programa da TV Globo “Conversa com Bial”, que relevou os casos, a assessoria de imprensa do médium afirmou o seguinte: “Há 44 anos, João de Deus atende milhares de pessoas em Abadiânia, praticando o bem por meio de tratamentos espirituais. Apesar de não ter sido informado dos detalhes da reportagem, ele rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos”.

(Folhapress)

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