Advogado de Osmando Figueiredo tenta impedir trabalho de repórter do G1 Santarém

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Tentativa ocorreu nesta quarta-feira (28) enquanto Dominique Cavaleiro tentava registrar fotografias de um cliente do advogado. Ele pegou celular da repórter, jogou ao chão e chutou.

Durante a produção de uma matéria para o Portal G1 na 16ª Seccional de Polícia Civil em Santarém, no oeste do Pará, nesta quarta-feira (28), a repórter Dominique Cavaleiro foi impedida de exercer a função. Um advogado de defesa de José Osmando Figueiredo, que foi preso por quebrar uma medida protetiva, tomou o celular da repórter, jogou ao chão e chutou.

A ação teria acontecido enquanto Osmando era colocado dentro de uma viatura para ser encaminhado ao Centro de Triagem da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Segundo a repórter, ela tentava tirar fotografias para incluir na matéria, porém, ao chegar do lado do carro onde o acusado ia ser colocado, o advogado Alexandre Paiva a impediu, tomando-lhe a força o aparelho.

Durante a tentativa de inibir o exercício da profissão da repórter, policiais, repórteres, cinegrafistas e populares presenciaram a ação. Além de jogar o celular, o advogado teria feitos xingamentos.

Foi registrado um Boletim de Ocorrência (B.O) por danos materiais e vias de fatos. O celular da repórter foi apreendido e será enviado para perícia. De acordo com a polícia, Dominique não foi encaminhada ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), órgão do Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito porque não tinha lesões aparentes no corpo. O fato está sendo acompanhado pela assessoria jurídica do Sistema Tapajós de Comunicação.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão de Santarém e Região se solidariza com a profissional pelo ato violento sofrido durante cobertura jornalística da prisão do advogado Osmando Figueiredo, decretada por agredir e ameaçar a ex-companheira e descumprir a medida protetiva estabelecida pela justiça a favor da mesma.

O sindicato repudia os atos de violência contra os profissionais da imprensa, os quais se configuram claramente como ataques à liberdade do exercício profissional.

O atentado a profissional Dominique Cavaleiro, significa um abuso de poder contra toda a imprensa, uma tentativa de corromper o direito do povo em conhecer as verdades dos fatos que se passam em nossa sociedade.

Posicionamento do advogado

Por telefone, o advogado Alexandre Paiva informou ao G1 que em momento algum teve a intenção de agredir a repórter Dominique Cavaleiro. A ação feita por ele foi para preservar a imagem do cliente, pois, citando a Lei de Nº 6.075/1997, o registro de imagens só poderia ser feito caso a profissional tivesse uma autorização por escrito.

Ainda segundo Paiva, no momento da condução de Osmando Figueireido a viatura da Polícia, a repórter não estava com identificações de imprensa como crachá ou uniforme. Após uma das pessoas que estava com o cliente de Paiva levantar uma pasta, a repórter teria gritado que o mesmo estava atrapalhando o exercício de sua profissão. O advogado ressalta que retirou o celular da mão de Dominique, mas sem agredi-la. Ele considerou a ação como “calor da situação”.

Fonte: G1 Santarém.
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