Agência e ministério negam construção de usinas no Pará

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Agência e ministério negam construção de usinas no Pará (Foto:Reprodução)-

Brasília – Após recuar do plano de erguer oito usinas hidrelétricas no rio São Benedito, um dos mais preservados da região sul do Pará, o governador Helder Barbalho procurou tirar o corpo fora. Alegou que se trataria de empreendimentos do governo federal. Mas a informação foi negada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia. Foi por meio de nota, que Barbalho e a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará afirmaram não ter “intenção de construir hidrelétricas no rio São Benedito”. Porém, ao ser questionada se realizava algum estudo de inventário, como afirmou o governo paraense, a agência negou. “A Aneel não realiza estudos de inventário”. Sobre qualquer projeto do governo federal, a Aneel esclareceu ainda, que o papel cabe à Empresa de Pesquisa Energética (órgão que não tem relação com a agência reguladora).
A Aneel desmentiu categoricamente o governador do Pará

O Ministério de Minas e Energia também deixou claro, que os projetos de usinas no rio São Benedito não fazem parte do planejamento: “Somente após a conclusão dos estudos de inventário hidrelétrico e dos estudos de viabilidade técnica e ambiental é que projetos de usinas hidrelétricas são considerados no planejamento setorial. Sendo assim, nenhum empreendimento no rio São Benedito está sendo considerado nos estudos de planejamento do MME”, informou em nota.

 Helder Barbalho: tentativa ridícula de justificar uma informação falsa (Fotos: Divulgação)

Helder Barbalho: tentativa ridícula de justificar uma informação falsa (Fotos: Divulgação)

Área tem 360.000 hectares no sul do Pará

Depois de negar o desejo da construção das usinas, o governo do Pará disse que “pretende criar uma Unidade de Conservação” na região. Cercada por terra indígena e da Aeronáutica. A área tem 360.000 hectares no extremo sul dos municípios de Jacareacanga e Novo Progresso, que apresenta vocação natural e condições socioeconômicas para ser Unidade de Conservação da Natureza. O governo paraense, entretanto, não explica por que deu início a estudos sabendo da inviabilidade dos projetos, de antemão, conhecida. O rio São Benedito é um dos afluentes do Teles Pires, que possui diversas usinas. O Teles Pires avança pelo Pará até se encontrar com o Juruena e, a partir dali, formar o Tapajós. Ambientalistas que estudam a região são radicalmente contra a construção das usinas nas águas do São Benedito, que acabariam com um rio onde o ecoturismo está consolidado há décadas. Atraindo brasileiros e estrangeiros atrás das belezas naturais, pesca e aves raras.

Por:Solidario Noticias
23 de dezembro de 2020

Com Agência Brasil
Ricardo Baresi – Editor de Conteúdo

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