Dois homens são presos fraudes no Detran, em Ourilândia do Norte

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Mesmo não sendo servidor, Marcondes possuía farta documentação do órgão em casa (Foto:Polícia Civil / Divulgação)

Dupla fez mais de 2,5 mil transações ilegais e deram prejuízo de R$ 130 mil aos cofres públicos

Renildo da Silva e Marcondes Ferreira Neres foram presos, em Ourilândia do Norte, por fazerem operações ilegais nos sistema do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA). Nas investigações da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA/DRCO), da Polícia Civil, em conjunto com o órgão estadual, a dupla fez mais de 2,5 mil transações e que geraram, aproximadamente, R$ 130 mil em prejuízos aos cofre públicos.

Os policiais e a inteligência do Detran-PA detectou que Renildo da Silva, gerente da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ourilândia do Norte, inseria dados falsos no sistema do Detran-PA. Assim, realizava vistorias de outra unidade federativa, sem ao menos os veículos passarem pela vistoria presencial no órgão de trânsito. Vários documentos foram apreendidos com a dupla, comprovando as suspeitas. Marcondes nem era servidor do órgão, mas trabalhava lá.

O servidor e o falso servidor foram presos na tarde desta quinta-feira (18). Durante as diligências na sede da Ciretran, foi confirmada a fraude diante da ausência de qualquer documentação obrigatória necessária para confecção dos procedimentos. Em confronto com a inserção dos dados no sistema, os relatórios diários mostravam o acesso de Renildo da Silva realizando a transação no sistema do órgão.
Mais de 2,5 mil transações ilegais foram feitas no Detran de Ourilândia do Norte, coordenadas pelo gerente da Ciretran e um homem que atuava lá sem ser servidor.

detran2Mais de 2,5 mil transações ilegais foram feitas no Detran de Ourilândia do Norte, coordenadas pelo gerente da Ciretran e um homem que atuava lá sem ser servidor (Foto:Polícia Civil / Divulgação)

“No momento da prisão, Marcondes também foi questionado pelos policiais sobre sua função no órgão. Momento em que desvendou-se que o mesmo foi contratado, de maneira informal por Renildo, para trabalhar como atendente no balcão”, explicou o delegado Temmer Khayat, titular da Diretoria de Polícia Especializada (DPE).

Marcondes Ferreira confirmou que não tem vínculo com a administração pública e que teria aceitado o convite de maneira verbal. Por esse motivo, foi dada voz de prisão por usurpação de função pública.

“Em depoimento na Delegacia de Polícia, ele disse que cobrava propina para ‘agilizar’ processos de transferência de propriedade e licenciamento anual de veículos, variando entre R$ 30 a 100 por veículo automotor. Tudo isso com a gerência de Renildo. Ele informou também que, em muitos casos, há participação de despachantes, onde os mesmos levam, diariamente, demandas para que os envolvidos pratiquem tais ações”, informou o titular da DPE.

Mesmo não sendo servidor, Marcondes também disse que possuía a senha de acesso ao sistema de Renildo. Ele realizava todas as operações com autorização e ordem direta do servidor e gerente da Ciretran. As equipes também encontraram na residência de Marcondes farta documentação oficial do Detran. O material foi apreendido nos autos, em conjunto com os aparelhos celulares dos presos, que serão periciados.

Por:Victor Furtado

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