PMs são denunciados por abrir cursinho dentro de quartel, no PA

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Nove policiais militares que atuam no 22º Batalhão de Polícia Militar de Floresta do Araguaia e Redenção, sul do Pará, foram denunciados de utilizarem as instalações do quartel para realização de cursinho e de atuarem como segurança de uma empresa mineradora.  A Justiça Militar Estadual recebeu a denúncia e aditamento oferecidos pelo 2º promotor de Justiça Militar, Armando Brasil Teixeira (Foto) . A decisão que recebeu a denúncia foi publicada nesta segunda-feira (20).

Os oficiais e praças envolvidos responderão de acordo com a conduta adotada em cada um dos dois episódios, por prevaricação, corrupção passiva e desobediência à ordem judicial, crimes previstos no Código Penal Militar (CPM).

Segundo a denúncia, as atividades paralelas exercidas pelos policiais militares prejudicaram à sociedade, pois deixaram a população desprotegida e houve um aumento do número de crimes na região, em virtude da corporação estar ocupada em atividades irregulares.

Cursinho
Conforme denúncia anônima, acompanhada de um áudio, encaminhada ao Ministério Público no ano de 2015, o major Daniel Dias patrocinou um cursinho preparatório para o Enem e para concursos públicos utilizando as instalações do 22º BPM, local onde se concentram armas de grosso calibre, coletes balísticos, munições e viaturas da PM, sendo proibida a circulação de civis.

Toda a logística da polícia era utilizada para que as aulas fossem ministradas: salas, retroprojetores, notebook. De acordo com os diálogos anexados à denúncia, também tinham conhecimento do ilícito, o Ten. Cel. Lúcio Clóvis Barbosa da Silva e o major Francisco Antônio Paiva Ribas, corregedor do CPRV e subcomandante, respectivamente.

Outro acusado de participar ativamente é o soldado Wendell Rodrigues Barros que juntamente com o civil Silvio Gonzaga Batista, realizava a cobrança das mensalidades e matrícula, que tinham valores de R$ 90 e R$ 10, respectivamente.

“Quando inquirido nos autos o major Daniel reconheceu que gerenciava um cursinho utilizando as instalações físicas do quartel e o cidadão Sílvio Batista ratifica a existência do esquema”, afirmou o promotor de Justiça Armando Brasil.

Segurança particular à mineradora
Além do funcionamento ilegal de cursinho no interior da instituição, o Ministério Público denunciou à Justiça a contratação de policiais do grupo tático de Redenção que estariam fazendo segurança particular para uma mineradora em troca de pagamento da quantia de R$ 25 mil, articulada pelo Cel. PMs Claudio Ricardo Lima Julio, pelo ten. cel. Lúcio Clóvis Barbosa da Silva; pelos major Francisco Antônio Paiva Ribas e Arthur Daniel Dias da Silva; os soldados Wendell Rodrigues Barros, Pétala Pereira de Souza e Samuel dos Santos Tavares e ainda o cabo PM George Silva dos Santos, todos em total desvio de função.

“Convém reforçar ainda que constam nos autos filmagens apreendidas pela corregedoria, de policiais militares armados fazendo segurança da área interna da mineradora”, destaca Armando Brasil.

As penas previstas para os crimes cometidos variam de três meses a dois anos de detenção e de dois a oito anos de reclusão.

Do G1PA
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