Alvo de protesto, Temer antecipa volta a Brasília

image_pdfimage_print

A fim de evitar uma manifestação contra ele marcada para esse domingo em São Paulo, o presidente em exercício, Michel Temer, deixou sua residência, em Pinheiros, por volta de 14h50 e antecipou seu retorno para Brasília.Um grupo de cerca de três mil manifestantes liderados por movimentos sociais seguiu em passeata rumo à casa do presidente em exercício, Michel Temer, no Alto de Pinheiros. Os manifestantes se concentraram no Largo da Batata, a cerca de três quilômetros da casa do peemedebista. Um grupo menor acabou acampando perto da casa do peemedebista. Temer retornou para Brasília por volta das 15h.”O nosso objetivo chegar à casa dele.

© Fornecido por Estadão Manifestantes se reuniram no Largo da Batata
© Fornecido por Estadão Manifestantes se reuniram no Largo da Batata

Acho curioso invocarem a Segurança Nacional para barrar os manifestantes. Fazia tempo que isso não acontecia”, disse ao Estado Guilherme Boulos, líder do MTST e um dos coordenadores da frente Povo Sem Medo. O ativista comentou que não há nada de especial na casa de Temer para que o povo não possa chegar perto dela.A equipe de segurança de Temer determinou o fechamento do acesso das ruas próximas a casa dele, no Alto de Pinheiros. Os moradores da região que tentavam passar região eram informados de que se tratava de um “perímetro de Segurança Nacional”. © Fornecido por Estadão Movimento de policiais militares em frente à casa do presidente interino Michel Temer no Alto de Pinheiros Um dos motivos do protesto, segundo Boulos, foi a decisão do governo interino de suspender novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida. “A primeira vítima desse governo que, nós não reconhecemos como legítimo, é o Minha Casa, Minha Vida.

Cortaram 11.200 unidades contratadas e anunciaram a suspensão do programa”, disse Boulos. Boulos disse que o MTST não vai permitir nenhum corte de recurso dos programas de moradias populares. “Quem lutou para ter a sua casa própria não vai permitir nenhum retrocesso”, afirmou. “Não tem arrego. Ou sai o Temer ou não vai ter sossego”, cantou o ativista do alto do caminhão de som.Na opinião do ativista, o governo Temer mostrou “despreparo”. “O ministro das Cidades anunciou a suspensão, voltou atrás e depois veio o Geddel (Vieira Lima) e confirmou de novo”.

© Fornecido por Estadão Movimento de policiais militares em frente à casa do presidente interino Michel Temer no Alto de Pinheiros
© Fornecido por Estadão Movimento de policiais militares em frente à casa do presidente interino Michel Temer no Alto de Pinheiros

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse na sexta-feira que as contratações de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida estão suspensas para que o governo do presidente em exercício Michel Temer faça uma “análise” sobre o programa de habitação popular.Na contramão do discurso da maioria dos movimentos participantes do ato, Felipe Alencar, membro da Coordenação Nacional do Movimento Coletivo Construção São Paulo, DCE Unifesp e Centro Acadêmico de Pedagogia da Unifesp, disse que “não é porque somos contra o governo Temer que queremos a volta de Dilma”.”O governo petista foi contra os trabalhadores. E nós que somos universitários sabemos o que é faltar até papel higiênico nas universidades. Não queremos a volta de Dilma porque não queremos retrocesso”, disse em discurso. Alencar afirmou que o movimento defende como alternativa eleições sob novas bases e extinção do Senado Federal.O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) classificou o governo de Michel Temer de “antipovo, governo das reformas da Previdência, trabalhista e da autonomia do Banco Central”. “É o governo dos bancos, dos ricos e dos investigados. É por isso que mesmo afastado o (Eduardo) Cunha continua mandando na Câmara. Vamos tirar este governo ilegítimo, imoral e impopular”, disse o parlamentar aos militantes.

Por Estadão

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-981151332 / (093) WhatsApp (93) 984046835 (Claro) Fixo: 9335281839 *e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: