Artistas e movimentos sociais cobram providências sobre chacina ocorrida no Pará

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Atores Dira Paes e Osmar Prado representaram ONG de direitos humanos em reunião com o Governo do Pará nesta segunda, 19. Dez trabalhadores rurais morreram durante operação policial em Pau D’Arco.

Representantes da ONG Humanos Direitos, que atua em todo o Brasil, se reuniram na manhã desta segunda-feira (19) com representantes do Governo do Pará com o objetivo de cobrar providências em relação à chacina de 10 trabalhadores rurais ocorrida na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no sudeste do estado.

Nove homens e uma mulher morreram durante a ação policial que tinha como objetivo o cumprimento de mandados de prisão de pessoas suspeitas de envolvimento na morte de um segurança. Segundo as famílias, as vítimas foram executadas. A Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) disse que as mortes ocorreram em um confronto com a polícia, mas voltou atrás e vai aguardar a conclusão do inquérito.

Para a atriz Dira Paes, representante da ONG humanos direitos, o Pará é o cerne de uma questão social do país. “Eu acho que o Pará representa neste momento o estado do Brasil, que precisa dessa reestruturação. Eu quero não só dialogar com o governo paraense, como eu quero contribuir se nós formos falar de estrutura”, disse a atriz da TV Globo.

O padre Ricardo Rezende, fundador da ONG, teve acesso aos depoimentos dos sobvreviventes. “Houve algo que precisa ser apurado e algo grave, porque tinha (no local da chacina) três delegados de polícia de municípios diferentes, um tenente-coronel, 25 policiais e o que eles foram fazer em uma área de conflito fundiário?”, questiona Rezende.
“Se não era por uma ação de reintegração de posse, se era só uma ordem de prisão, por que não prenderam essas pessoas fora (da fazenda)? Por que não foram nas casas desses trabalhadores para os prenderem, se havia uma ordem de prisão?”, indagou o padre.
O ator Osmar Padro pediu que todos os envolvidos na chacina sejam responsabilizados. “Se um policial age dessa maneira, é porque ele está protegido. O seu comando é co-responsável e o Estado também o é”, disse o ator.
O Governo do Pará informou que investiga o caso de forma rigorosa, isenta e transparente, e que a atualização de informações está sendo repassada ao Ministério Público e à sociedade. A Segup disse ainda que somente após a conclusão do inquérito será capaz de revelear as circunstâncias das 10 mortes na Fazenda Santa Lúcia.

Fonte: G1 PA.
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