Balsa de garimpeiros que invadiram terra indígena Xipaya é apreendida no Pará

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Balsa de garimpeiros apreendida após ser vista em terra indígena Xipaya no Pará — (Foto: Ministério da Justiça/Divulgação)

Havia sete pessoas na embarcação apreendida após fiscalização com lanchas por rios em Altamira. Indígenas denunciaram invasão de garimpeiros e pediram ajuda de forças de segurança.

A balsa de garimpeiros avistada no território Xipaya foi apreendida neste sábado (16) no sudoeste do Pará. Indígenas denunciaram a invasão para garimpo ilegal e avisaram autoridades, que se mobilizaram para a região na sexta-feira (15).

Havia sete pessoas na balsa apreendida, sendo dois adolescentes. Os menores estão sob cuidados da Justiça. Os cinco adultos foram levados para a delegacia de Itaituba, também no sudoeste do Pará. Junto da balsa havia também uma draga e uma esteira.

Segundo o delegado da Polícia Federal Paulo Teixeira, chefe do Serviço de Repressão a Crimes Contra Comunidades Indígenas, a balsa estava em um local conhecido como Riozinho do Anfrísio, na zona rural do município de Altamira.

    “A balsa não será destruída. Vamos adotar os procedimentos legais para que o equipamento seja destinado a ações de fiscalização ambiental do ICMBio”, informou o delegado.

Apesar da realização de sobrevoos pelo Ibama na área desde sexta-feira (15), a embarcação só foi localizada após fiscalizações com lanchas por afluentes do rio Iriri. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), uma equipe do ICMBio que identificou a embarcação ilegal.

Garimpeiros chegaram à terra indígena no Pará por rio, segundo lideranças da região de Altamira

Balsa de garimpeiros teria máquinas para garimpo ilegal em rio em terra indígena, segundo lideranças Xipaya — Foto: TV Globo/Reprodução
Balsa de garimpeiros teria máquinas para garimpo ilegal em rio em terra indígena, segundo lideranças Xipaya — Foto: TV Globo/Reprodução

A invasão de garimpeiros teria ocorrido na tarde quinta-feira (14) na região da aldeia Karimãa, no curso do rio Iriri, no sudeste do Pará, segundo os indígenas. A localidade fica a cerca de 400 km da área central de Altamira. Os garimpeiros estariam armados e com pesado maquinário, de acordo com os relatos.

A polícia não informou se encontrou armas com eles. Não foi informado também o que os ocupantes da balsa disseram e se ficaram presos, nem se todos são garimpeiros ilegais. Também não foi informado se a balsa chegou a ser usada em extração ilegal de outo na região.

Após a repercussão do caso e a atuação de órgãos competentes, a comunidade indígena ficou mais tranquila com o reforço da segurança na terra indígena, mas as lideranças ainda temem a presença dos garimpeiros.

OAB acompanha o caso

Além do MPF, Ibama, Polícia Federal e a Funai, neste sábado (16) advogado paraense José Neto, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), chegou em Altamira para acompanhar a situação.

“Precisamos exigir que o poder público fiscalize mais rigorosamente as atividades de garimpo clandestino que, ultimamente, foram totalmente afrouxadas”, disse o presidente da Comissão de direitos humanos da OAB no Pará, José Maria Vieira.

A cacica Juma Xipaya disse, ao denunciar a presença dos garimpeiros, que temia que houvesse conflito entre garimpeiros e indígenas – reveja no vídeo abaixo.
Leia mais:Garimpeiros ilegais recuam de terra indígena xipaia no Pará, mas lideranças temem que invasores voltem armados

*Ministério da Justiça deflagra ação para proteger “Território Indígena Xipaia” no Pará

Uma nota assinada por entidades ligadas aos grupos indígenas afirma que há “imensa preocupação com mais esse ataque aos territórios indígenas” a partir de “invasão de garimpeiros armados e pesado maquinário nas proximidades da aldeia Kaarimá”. ( A informação é do G1PA)

Polícia Federal, ICMBio, Força Nacional, Ibama e Funai garantem segurança na região da terra indígena Xipaia

Órgãos federais estão em ação para reprimir qualquer atentado aos direitos da comunidade indígena Xipaia e infrações a crime ambientais

Belém/PA – A Polícia Federal, o ICMBio, a Força Nacional, o Ibama e a Funai, estão em ação para reprimir qualquer atentado aos direitos da comunidade indígena Xipaia e infrações a crime ambientais. Os órgãos mantêm trabalhos ostensivos na região de Itaituba, Altamira, Novo Progresso e São Félix do Xingu, no estado do Pará, no contexto da operação Guardiões do Bioma.

Para evitar que haja confronto entre indígenas e garimpeiros, em razão dos possíveis crimes de extração ilegal de minérios na região da Reserva Extrativista do Iriri e possíveis crimes contra a comunidade indígena Xipaia, houve o reforço da segurança e da fiscalização no local.

Equipe da Força Nacional que fazia segurança de uma fiscalização do ICMBio na Reserva Extrativista do Iriri, que fica próxima à Terra Indígena Xipaia, já está no local.

Em paralelo, outras equipes da Força Nacional e da Polícia Federal em Itaituba/PA estão em deslocamento, com apoio da FUNAI, para a mesma região, de forma a reforçar a segurança e combater o garimpo ilegal na Reserva Extrativista do Iriri e na Terra Indígena Xipaia. (A informação é da Comunicação Social da Polícia Federal do Pará)

Segundo a PF, equipe da Força Nacional que fazia segurança de uma fiscalização do ICMBio na Reserva Extrativista do Iriri, que fica próxima à Terra Indígena Xipaia, já está no local. “Em paralelo, outras equipes da Força Nacional e da Polícia Federal em Itaituba estão em deslocamento, com apoio da Funai, para a mesma região, de forma a reforçar a segurança e combater o garimpo ilegal na Resex do Iriri e na Terra Indígena Xipaia”, finaliza.

Entenda o caso

Indígenas da aldeia Karimãa, do território Xipaya, em Altamira, no sudoeste do Pará, denunciaram por redes sociais a presença de garimpeiros na terra indígena. A invasão se deu no começo da noite desta quinta-feira (14). A denúncia foi feita pela cacica Juma Xipaya, no Instagram. Veja:

A área indígena tem aproximadamente 178,9 mil hectares.

Por:Jornal Folha do Progresso em 17/04/2022/07:37:57

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