Bruno Araújo pede demissão do cargo de ministro das Cidades

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O ministro das Cidades Bruno Araújo pediu, nesta segunda-feira, 13, demissão do cargo, pouco antes de participar de cerimônia simbólica de entrega de cartão reforma no Planalto. Em carta enviada ao presidente Michel Temer pedindo sua exoneração, Bruno Araújo diz que “não há mais apoio” para que ele siga no comando da pasta e fala indiretamente da crise vivida no PSDB. “Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, escreveu.

Araújo era um dos quatro ministros tucanos no governo. Desde a votação da segunda denúncia, partidos do Centrão vinham pressionando Temer por uma reforma ministerial que lhes desse mais espaço no governo e excluísse os tucanos do alto escalão, em troca de aprovar projetos de interesse do governo como a reforma da Previdência. Pelo seu gordo orçamento, o Ministério das Cidades era um dos principais objetivos da base aliada.

Desde a posse, 11 ministros já deixaram as pastas: Em meio a uma crise no PSDB e pressão dos partidos do Centrão para a saída dos tucanos do alto escalão do governo, o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE) pediu sua exoneração do cargo nesta segunda-feira, 13. Desde a posse de Temer, no dia 12 de maio de 2016, houve mais de 10 trocas nas pastas. Relembre os ministros de Temer que já saíram dos cargos – demitidos, pedindo demissão ou afastados para ocupar outros postos, como Alexandre de Moraes.

Em meio a uma crise no PSDB e pressão dos partidos do Centrão para a saída dos tucanos do alto escalão do governo, o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE) pediu sua exoneração do cargo nesta segunda-feira, 13. Desde a posse de Temer, no dia 12 de maio de 2016, houve mais de 10 trocas nas pastas. Relembre os ministros de Temer que já saíram dos cargos – demitidos, pedindo demissão ou afastados para ocupar outros postos, como Alexandre de Moraes.

Após a divulgação de suas conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que chega a falar em “estancar” a investigação da Lava Jato, Romero Jucá anunciou sua saída apenas 11 dias após a posse dos ministros, no dia 12 de maio de 2016. Ele, que ocupava a pasta de Planejamento, foi o primeiro ministro de Temer a cair, mas segue como líder do governo no Senado.

Uma semana depois de Jucá, foi a vez do então ministro da Transparência, Fabiano Silveira, pedir demissão do cargo. O motivo foi o mesmo, uma gravação com Sérgio Machado. Nas conversas, Silveira, que ainda era do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), critica a Lava Jato e aconselha Machado e o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como deveriam agir em relação às investigações da operação.

Pouco mais de um mês após a posse, no dia 16 de junho, Henrique Eduardo Alves pediu demissão do cargo de ministro do Turismo. O motivo também está ligado ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que delatou que Alves teria recebido propina de R$ 1,55 milhão entre 2008 e 2014.

O advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, foi demitido do cargo no dia 9 de setembro e atribuiu a exoneração à suposta insatisfação do Planalto com medidas tomadas contra políticos investigados na Lava Jato. A saída foi definida horas depois de Medina cobrar de sua equipe agilidade nas providências para ajuizar ações de improbidade administrativa contra responsáveis por desvios na Petrobrás e outros órgãos.

No dia 18 de novembro, foi a vez de o ministro da Cultura, Marcelo Calero, pedir demissão ao presidente Michel Temer. Ele denunciou o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que autorizasse a construção de um condomínio com altura acima do permitido em Salvador.

As denúncias de Calero atingiram diretamente o então secretário de Governo, Geddel Vieira Lima. A crise aumentou de proporção depois que o ex-ministro da Cultura prestou depoimento à Polícia Federal e acusou Geddel e o próprio Temer de o pressionar para que autorizasse a obra. Para tentar estancar a sangria política do governo, Geddel decidiu deixar a pasta, uma semana depois da demissão de Calero.

Em fevereiro deste ano, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, pediu demissão alegando problemas de saúde. Ele entregou a carta pessoalmente a Temer, no Palácio do Planalto, e disse que solicitava sua exoneração do cargo de Ministro das Relações Exteriores, “com tristeza”. Com sua saída, Serra voltou para o Senado.

O hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, foi afastado do Ministério da Justiça após indicação do presidente Temer para integrar a Corte. Moraes ocupou a vaga que era do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro.

Após gravação de conversa entre o delator Joesley Batista, empresário da JBS, e o presidente Michel Temer, que causou uma crise no governo, o ministro da Cultura, Roberto Freire, entregou o cargo. A saída foi feita no dia seguinte à divulgação dos áudios e seria acompanhada de debandada do seu partido, o PPS. Após a renúncia, Freire disse que o partido não rompeu com o governo e vai continuar apoiando a aprovação das reformas no Congresso.

Osmar Serraglio foi demitido do Ministério da Justiça em maio. Alvo de críticas no governo desde que assumiu a pasta, ele era considerado um ministro muito congressual, com nenhuma interlocução no poder Judiciário. Porém, convidado para integrar o Ministério da Transparência, Serraglio recusou o cargo e decidiu votar para a Câmara. Pesou na decisão o fato de o presidente Michel Temer não o ter procurado para explicar a troca no comando da Justiça, além do desgaste do governo

“Tenho a convicção, Sr. Presidente, que a serenidade da história vai reconhecer no seu Governo resultados profundamente positivos para a sociedade brasileira. Receba minha exoneração e meus agradecimentos”, completa o deputado pernambucano que estava licenciado.
Leia a carta de exoneração enviada por Bruno Araújo ao presidente Michel Temer © Reprodução Leia a carta de exoneração enviada por Bruno Araújo ao presidente Michel Temer

Bruno diz que em maio do ano passado, aceitou o convite “para ajudar o País no processo de transição que permitisse” e cita o ex -presidente Fernando Henrique que afirmou que era preciso “repor em marcha o governo federal…” e preparar o País para o seu próximo líder a ser eleito daqui a alguns meses.

Os tucanos têm mais três pastas, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e de Direitos Humanos. Temer deve tirar do papel, nas próximas semanas, a reforma ministerial. Segundo reportagem do Estado/Broadcast Político apurou que Temer já comunicou interlocutores no Congresso sobre a intenção de redistribuir cargos em 15 dias. Com as mudanças, o PSDB deve perder espaço, enquanto PMDB e PP podem ganhar novas cadeiras.
Bruno Araújo, que discursou no evento, afirmou que sob seu comando o Ministério das Cidades avançou em governança. “Recuperamos o MCMV e a credibilidade nos compromissos financeiros. Implantamos duas ações que vão deixar marcas relevantes no desenvolvimento social do País: o Cartão Reforma e a Nova Legislação de Regularização Fundiária”, escreveu. “Preciso agradecer o apoio de toda nossa competente equipe nessas realizações, e de modo especial a sua confiança, que de trato sempre fidalgo e republicano, permanentemente nos deu autonomia em busca da melhor entrega possível a população brasileira”, completa.

O agora ex-ministro afirmou que há ainda muito o que se fazer. “O País responde rapidamente ao comando da boa gestão, testemunhei isso. É hora das prioridades serem mais da sociedade e menos das corporações. É fundamental coragem de todos para os enfrentamentos que protejam as necessidades dos que não conseguem faltar ao trabalho para vir a Brasilia clamar por melhores serviços públicos”.
Por Estadão Carla Araújo
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