Dilma vistoria obras e faz campanha em Belo Monte

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Presidente gravou programa em canteiro de obra e fez ‘selfie’ com operários

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, fez campanha nesta terça-feira no canteiro de obras da usina de Belo Monte, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A presidente vistoriou as obras, conversou com operários, tirou fotos e almoçou no local. Também aproveitou para gravar passagens para o programa eleitoral que começa no próximo dia 19. A presidente fez uma tomada com as obras da casa de força principal, onde ficarão 18 turbinas, ao fundo.
‘O pessimismo diz o seguinte: vai ter apagão na Copa. Não houve racionamento durante a Copa nem vai haver racionamento depois da Copa, porque nós vivemos numa situação em que investimos muito tanto em transmissão quanto em geração’, afirmou.
Segundo Dilma, em seu mandato, o governo investirá em geração quase o mesmo que durante os oito anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A presidente disse que até o fim do ano completará 20 mil megawatts e, no governo tucano, foram 21 mil.
‘Fizemos o dobro em linha de transmissão. Eles fizeram em torno de dez mil (quilômetros). Nós fizemos 21 a 22 mil. Nós nos preparamos para isso. Óbvio que dependemos da hidrologia, mas este país, hoje, quando diminuem as chuvas, não entra em racionamento, como entrava no passado’, disse Dilma.
A presidente disse que ainda não é possível precisar o impacto nas tarifas de energia dos empréstimos às distribuidoras para cobrir o custo da entrada em operação das termoelétricas, em decorrência da baixa nos reservatórios das hidrelétricas. Dilma negou, porém, que o aumento vá integrar um processo de tarifaço no próximo ano. Para ela, isso faz parte de uma “visão pessimista” da economia brasileira.
Mais uma vez, a presidente adotou a estratégia de fazer uma agenda casada. A visita às obras de Belo Monte consta como um compromisso de campanha divulgado pelo PT. Já a primeira etapa aparece nos compromisso oficiais de Dilma divulgados pelo Palácio do Planalto. A petista voltará a Brasília no fim da tarde.

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A construção da hidrelétrica de Belo Monte é um projeto antigo, que se arrastava desde 1975, quando foram feitos os primeiros estudos, mas só ganhou celeridade no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi incluído no Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC).
A obra, cujo custo se aproxima de R$ 30 bilhões, é cercada de protestos de ribeirinhos e indígenas. Governo e consórcio usam como argumento favorável à construção o desenvolvimento que o empreendimento levará para a região de Altamira, o maio município do país em extensão. As compensações financeiras do projeto são de R$ 88 milhões ao ano.
A hidrelétrica, prevista para ser concluída em 2019, deverá gerar no pico 11.233,1 megawatts. O modelo adotado será o fio d’água, que dispensa a necessidade da construção de um grande reservatório de água e minimiza o impacto ambiental. A previsão é que as operações comecem no dia 31 de dezembro de 2014, e a comercialização do serviço, em fevereiro de 2015. Belo Monte será a maior usina hidrelétrica 100% brasileira, e a terceira maior do mundo. A construção deve gerar cerca de 20 mil empregos no pico das obras.

Por: O Globo

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