Emboscados, agentes da PRF ficaram escondidos na mata durante tiroteio com invasores em terra indígena no Pará

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Agentes da PRF sofrem emboscada, e servidor da Funai é baleado em terra indígena no Pará — Foto: Divulgação

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal que sofreram uma emboscada de invasores na noite desta segunda-feira precisaram se esconder na mata em meio a tiros de invasres. No tiroteio, um servidor da Funai que acompanhava os agentes acabou baleado. O ataque ocorreu por volta das 19h, na terra indígena Apyterewa, no Pará, local que é alvo de uma operação dos órgãos. Devido ao furo dos pneus de uma das viaturas , a equipe precisou permanecer protegida na mata, aguardando o resgate. Por volta das 19h40, a equipe de resgate conseguiu localizar todos os servidores públicos, que retornaram em segurança para a base da operação. Agentes da Força Nacional estão a caminho do local para reforçar o policiamento.

No retorno de uma atividade, uma das equipes foi emboscada em três pontos diferentes, quando disparos foram feitos contra viaturas. Após duas das viaturas terem sido atingidas, agentes da PRF responderam aos disparos. Um servidor da Funai foi atingido no tornozelo e está internado. Ele vai passar por cirurgia no hospital municipal de São Félix do Xingu. Ele será removido em aeronave da PRF para Marabá, onde passará por cirurgia para remover a bala alojada.

Os autores do ataque seriam invasores da terra, cuja retirada ou não dos invasores está judicializada. Equipes de apoio estão sendo enviadas ao local para ajudar na ação. A identidade do agente ferido não foi divulgada por questões de segurança.
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Rotina de ataques

De acorco com a força-tarefa da operação, esse ataque não foi um caso isolado, já que as equipes de segurança têm enfrentado emboscadas e sabotagens recorrentes por parte dos invasores. Em uma ação anterior, no mês de novembro, uma equipe da Funai e Ministério do Trabalho já haviam sido vítimas de disparos, sem feridos.

As autoridades afirmam que, na noite do dia 31 de Outubro, véspera do prazo final para desocupação voluntária, a placa recém-instalada que identificava a TI Apyterewa foi alvejada por tiros e posteriormente removida “em uma clara tentativa de intimidação do processo de desintrusão”.

Segundo o balanço da operação de desintrusão, desde o início de novembro, os invasores têm empregado técnicas de sabotagem, incluindo destruição de mais de 20 pontes no interior e proximidade das terras indígenas, derrubada de árvores nas estradas e utilização de pregos para danificar viaturas, intensificando o risco de acidentes. As autoridades estão investigando a emboscada e tomando medidas para garantir a segurança das equipes envolvidas nas operações de desintrusão da Terra Indígena Apyterewa.
Veja imagens da Terra Indígena Vale do Javari

Barroso mantém operação de retirada

Após diálogo com a AGU, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, proferiu no final de novembro uma decisão que garante à União a continuidade do plano de desintrusão das terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá. Segundo Barroso, a decisão do ministro Kassio Nunes Marques não incide sobre o plano de retirar os invasores já em curso.

“Naturalmente, o efeito suspensivo deferido no recurso alcança apenas os efeitos do acórdão recorrido e em nada interfere com a decisão proferida por este relator nos autos da presente ação. O Plano de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá que atualmente se encontra em fase de execução foi elaborado por determinação deste relator e devidamente homologado nos autos da Pet nº 9.585 e, por evidente, não está sujeito a decisão revisional de outro ministro. Assim, uma vez esclarecida a diferença determino que a União Federal prossiga com o Plano de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, nos termos em que foi homologado”, finalizou o presidente do STF.

Marques suspendeu a reintegração de posse da Apyterewa, território povo Parakanã, a pedido de associações de agricultores. Na decisão, ministro não fez menção à atual operação do governo federal no local, mas determinou a suspensão das “providências coercitivas de reintegração adotadas por forças policiais” e afirmou que deve ser assegurado “aos colonos, assim, o livre trânsito, na área objeto de impugnação, com seus pertences e semoventes”.

Ao chegar na Conferência do Clima, em Dubai, Wenatoa Parakanã, líder da etnia Parakanã e presidente da Associação Indígena Tato’a, foi surpreendida com a notícia de que o ministro do STF Nunes Marques havia suspendido e falará sobre a situação dos parakanã com autoridades que estão na COP28.

Em outubro, quase três semanas após as forças de segurança terem deflagrado a maior operação de desintrusão de invasores de terras indígenas no Pará, um balanço divulgado pelo Governo Federal apontou que, até então, haviam sido apreendidos 64 metros cúbicos (cerca de 70 toneladas) de madeira e mais de R$ 4 milhões foram aplicados em multas.

Fontes ouvidas pelo GLOBO apontam que as madeiras recolhidas foram doadas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que vai utilizar o material na reforma de pontes fora da Terra Indígena. A escolha acabaria por beneficiar a região de São Félix do Xingu, no Pará, e as comunidades ao redor da Terra Apyterewa.

Fonte:  O Globo/ e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/12/2023/109:45:44

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