Família pede que MPF investigue a morte de sargento do exército em Marabá

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Laudo do IML conclui que causa do morte do militar é ‘indeterminada’. Advogado vê indícios de tortura

O advogado Odilon Vieira protocolou na manhã desta quinta-feira (13), no Ministério Público Federal  (MPF) de Marabá, um pedido de abertura de Processo Investigatório Criminal (PIC) sobre a morte do sargento Daniel Poczwardiowski. O militar morreu em maio deste ano, durante um treinamento de “Estágio de Caçador Militar”, conduzido pelo 52º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS).

O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) de Marabá conclui, dois meses depois, que a causa da morte do sargento é “indeterminada”. Após receber o documento, Irla Oliveira, viúva de Daniel Poczwardiowski procurou o advogado que vem acompanhando o caso de seu marido. “Eu esperava uma reposta por tanto tempo. Quando recebi esse laudo, me senti totalmente desprotegida”, disse Irla, em vídeo compartilhado em seu perfil em uma rede social. O terceiro-sargento do exército Daniel Dedablio Poczwardowski estava lotado no 51º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), de Altamira, e foi à Marabá exclusivamente para receber o treinamento.

O que mais chamou a atenção do advogado da família foi o fato de que o sargento apresentava queimaduras de segundo e terceiro grau em 40% da perna direita. “Diante deste fato novo, há indícios de que houve o crime de tortura cometido contra o sargento Poczwardiowski, o que pode ter contribuído com a sua morte, e é isso que pedimos que o MPF investigue”, disse Odilon Vieira. Ainda segundo o advogado, será protocolado um pedido junto ao Ministério dos Direitos Humanos, para que acompanhe o caso e dê assistência à investigação da possível tortura sofrida pela vítima.

Outro detalhe é a contradição encontrada entre as informações divulgadas pelo Exército e o boletim de atendimento do Hospital de Guarnição de Marabá ( HguMba). De acordo com nota divulgada pela seção de comunicação da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (BIS), Daniel chegou a receber os primeiros-socorros no local da instrução, mas não resistiu e morreu no hospital. De acordo com o advogado, o boletim de atendimento do próprio hospital revelou que o sargento já chegou morto à unidade de saúde, com rigidez cadavérica. Além de Daniel, outros quatro militares também passaram mal durante o exercício militar.

Procurada pelo Portal ORM, a Seção de Comunicação do Exército informou que o general Eugênio Pacelli Vieira Mota, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, de Marabá, está em missão em Belém, e só deve se pronunciar sobre o caso na próxima segunda-feira (17).

Fonte: ORMNews.
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