Fraudes em prefeituras paraenses chegaram a R$ 17 milhões.

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Foto: ORM News/Arquivo – A operação ‘Lessons’, realizada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Receita Federal e Ministério Público Federal, realizada na manhã desta terça-feira (24), desarticulou um esquema de desvio de recursos públicos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) por empresa fornecedora de materiais didáticos para as prefeituras de Belém, Marituba, Tomé-Açu, Acará, Inhangapi e Vitória do Xingu. As fraudes teriam chegado a R$ 17 milhões em contratos.

Foram detidos o vereador Anderson Lima, Washington Canté, Reron Melo de Souza, Alberto Pereira, Raimundo Edson, Mario Wilson, Angélica Mota e Washington Maia.

Apenas uma prisão preventiva não foi cumprida, a do radialista paraense Raimundo Nonato Pereira, que está foragido. Na casa dele, foram apreendidos cerca de R$ 76 mil em dinheiro e 130 gramas de uma substância, que pode ser haxixe. A função de Pereira, segundo as investigações, era buscar novos contratos e cobrar ao vivo, em seu programa de rádio, que os administradores municipais pagassem pelos contratos quando houvesse atraso.

As empresas acusadas são a BR 7 e a IHOL Idiomas. Durante a operação, os agentes também apreenderam vários carros de luxo, que foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, em Belém.

Como funcionava o esquema

Segundo informações da Polícia Federal, as investigações começaram no início do ano e revelaram que a empresa IHOL Idiomas foi criada com objetivo de ensinar inglês e fornecer livros didáticos para prefeituras de alguns municípios do Pará. O material seria criado pelo próprio sócio administrador da empresa e vendido a preços exorbitantes. Composto por três livros em inglês e 3 dvd’s, o kit era vendido ao preço unitário de R$ 1,8 mil para as prefeituras.

‘A operação começou no início do ano na CGU (Controladoria Geral da União), a partir de denúncias anônimas que nos saltaram os olhos pelo fato de que uma empresa recém-nascida já estava fechando contratos no valor de R$ 2 milhões e que nem tinha quadro de funcionários’, detalha Israel Carvalho, coordenador do núcleo de operações especiais da CGU.

Em nota, a prefeitura de Marituba disse que não tem contrato de serviço com a Empresa BR 7 Editora, alvo da operação Lessons. A Prefeitura esclareceu ainda que está contribuindo com as investigações disponibilizando os documentos necessários comprovando a legalidade do município no processo licitatório.

O ORM News tenta contato com as empresas citadas e outros prefeituras envolvidas no caso.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-981151332 / (093) WhatsApp (93) 984046835 (Claro) Fixo: 9335281839 *e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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