Gado ilegal apreendido pelo Ibama pode chegar a 4 mil cabeças

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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, apenas 15% dos imóveis rurais da região amazônica possuem desmatamento ilegal – (Foto:REUTERS/Ueslei Marcelino).

Operação em áreas embargadas no Amazonas e no Pará foca em regiões com forte aumento no desmatamento

O gado apreendido pelo Ibama durante as ações da Operação Retomada deflagrada em abril pode chegar a 4 mil cabeças, segundo estimativas do próprio órgão.

Ao todo, três áreas embargadas e que haviam sido devidamente notificadas sobre a presença irregular do rebanho tiveram os animais apreendidos, uma com cerca de 2,5 mil cabeças, uma segunda com 500 cabeças e, a terceira, ainda a ser contabilizada.

“Das três áreas em que o gado está apreendido nos já contamos os animais de duas áreas e, dessas duas, são três mil cabeças. Tem uma terceira área que nós estamos contabilizando o gado e isso pode chegar a quatro mil cabeças”, revela o diretor de Proteção Ambiental do Ibama (Dipro), Jair Schmitt.

Segundo ele, a operação não tem data para acabar e pode, a depender dos alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ser estendida para outros locais além das atuais cidades foco: Lábrea e Manicoré, no Amazonas, e Pacajá, no Pará.

“Nós estamos fazendo essa medida pra tentar reduzir o desmatamento ainda agora em 2023. Nós temos que baixar essa taxa de desmatamento gradativamente para, de fato, chegarmos ao desmatamento zero e o Brasil não ser prejudicado internacionalmente no seu comércio. Se não reduzirmos esse desmatamento, é inevitável que o Brasil e o agronegócio sejam prejudicados”, destacou Schmitt.

De acordo com levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente com base no Cadastro Ambiental Rural e nos números oficiais de desmatamento, apenas 15% dos imóveis rurais da região amazônica possuem desmatamento ilegal, sendo que dois terços desse desmatamento está concentrado em apenas 2% desses cadastros.

A concentração, contudo, não reduz a dimensão do impacto ambiental que a derrubada criminosa da floresta causa ao bioma, ao país e ao planeta.

“O problema de fato é grande porque esses 2% são responsáveis por quase 11 mil quilômetros quadrados de áreas desmatadas em 2022. Então o problema é grande, mas existe uma concentração”, concorda o diretor do Dipro.

Só nos três municípios alvos iniciais da operação foram 117 mil hectares desmatados em 2022. Ao todo, 27 produtores foram notificados pelo Ibama para que retirem os animais das áreas embargadas, que somam mais de 25 mil hectares. Caso descumpram a determinação, também terão seus animais apreendidos.

“São grandes áreas, em média nós notificamos mais de 20 produtores infratores que estão desrespeitando áreas embargadas e isso tudo junto reúne mais de 25 mil hectares de área embargada. Ou seja, se fosse fazer uma média, é uma média de quase mil hectares por pessoa notificada. Se considerar que há uma cabeça de gado por hectare, isso é muito gado e de pessoas obviamente que têm muito dinheiro”, destaca Schmitt.

Fonte e Publicado Por:Jornal Folha do Progresso em 08/05/2023/17:10:46 Com informações de Cleyton Vilarino — Redação Globo Rural.

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