‘Geleira do Juízo Final’ corre mais risco de derretimento do que a ciência sabia, diz novo estudo

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Glaciar Thwaites, na Antártica, pode elevar o nível do mar caso derreta — Foto: BBC

Geleira é uma das mais largas na Terra e seu derretimento pode fazer subir um metro o nível do mar, afetando cidades em todo o mundo. Pesquisa alerta que oceanos mais quentes estão influenciando.

A Thwaites, uma enorme geleira da Antártica, que pode elevar o nível do mar em até um metro, está sob maior risco de derretimento do que se pensava.

A Thwaites, é conhecida como a “Geleira do Juízo Final” pelo risco ao Mundo que representa seu derretimento. A descoberta não é um alerta apenas sobre ela, mas sobre toda a camada de gelo, que pode fazer subir o nível do mar.

🔎 A pesquisa foi feita por um grupo com especialistas de universidades dos Estados Unidos e do Canadá com o apoio da Agência Espacial Norte Americana (Nasa). Eles usaram imagens de satélite, ou seja, feitas a partir do espaço, para monitorar a geleira e a descoberta foi que ela estava se movimentando, empurrada pela água quente do oceano.

➡️ A geleira está presa ao fundo do oceano. No entanto, as marés mais intensas estão conseguindo levantá-la e, com isso, a água quente do oceano consegue invadir sua base por até 6 quilômetros de distância.

➡️ Com a água quente em contato com a base, isso faz com que ela fique mais vulnerável ao derretimento. Ou seja, agindo como um componente adicional a outras mudanças, como a de temperatura da Terra, por exemplo.

A coautora do estudo Christine Dow, que é professora da Faculdade de Meio Ambiente da Universidade de Waterloo, explica que a descoberta da pesquisa não indica apenas que a “geleira do Juízo Final” está mais próxima do derretimento, mas que a ação das marés com o oceano mais quente podem influenciar toda a camada de gelo e, consequentemente, no aumento do nível do mar.

Thwaites é o lugar mais instável da Antártica e contém o equivalente a 60 centímetros de aumento do nível do mar. A preocupação é que estejamos subestimando a velocidade com que a geleira está mudando, o que seria devastador para as comunidades costeiras em todo o mundo.

— Christine Dow, coautora do estudo em comunicado publicado pelos pesquisadores.

Apesar do alerta, não se sabe ao certo com que rapidez esse movimento pode fazer com que a Thwaites derreta.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira (20) no jornal científico “Proceedings of the National Academy of Sciences” e a expectativa dos pesquisadores é de que isso ajude nas previsões sobre o futuro dos oceanos.

O risco do derretimento

O último ano foi marcado pela fervura global. Oceanos mais quentes, a Terra mais quente, mais emissão dos gases do efeitos estufa, o que traz consequências para as geleiras e para o nível do mar.

➡️ Em 2023, a quantidade de gelo no mar da Antártica atingiu menor nível da história. (Leia mais aqui)

➡️ A consequência disso foi uma alta no nível do mar. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) foi registrada uma alta duas vezes mais rápida do que a que havia sido registrada na primeira década de medições (1993-2002). (Leia mais aqui)

A Thwaites é conhecida popularmente como a “Geleira do Juízo Final” porque se derreter, pode colocar todo o mundo em risco.

🚨 Seu derretimento corresponde a 4% da elevação do nível do mar no mundo a cada ano — um número enorme para uma única geleira e os estudos já indicavam que ela vinha derretendo mais rapidamente nos últimos anos.

E você pode se perguntar, o que pode acontecer com o derretimento das geleiras? Cidades costeiras podem ser completamente cobertas.

➡️ Especialistas projetam, por exemplo, que um quinto de Bangladesh, no sul da Ásia, pode ficar submerso. Ilhas no Pacífico podem desaparecer completamente e ainda afetar com cheias cidades como Miami e Nova York.

➡️ E não é só no exterior, mas os efeitos também trazem consequências para o Brasil. Uma análise da Nasa mostra que 293 cidades portuárias do mundo – entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém – serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo.

Fonte: g1    e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/05/2024/09:01:35

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