Governo diz que desigualdade voltou a cair em 2014

Ministros defendem as políticas social e econômica da presidente Dilma Rousseff

O governo aproveitou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, para defender as políticas social e econômica da presidente Dilma Rousseff. Às vésperas do primeiro turno das eleições, os ministros da Educação, Henrique Paim, do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) , Marcelo Néri, convocaram a imprensa para dizer que o “Brasil melhorou muito”, em especial para os mais pobres.

Os três ministros destacaram uma série de aspectos positivos da pesquisa, como o aumento de 5,5% na renda, a redução do trabalho infantil, além da elevação da taxa de escolarização. Néri, que falou sobre renda e mercado de trabalho, ressaltou que a taxa de ocupação no país caiu de 61,8% em 2012 para 61,2% em 2013. Mas ressaltou que isso ocorreu nas faixas etárias mais jovens, o que pode significar que as pessoas estão ficando mais tempo na escola , o que é “um avanço qualitativo”:

— Os jovens estão mais voltados para o estudo.

— Nossa avaliação é que a vida melhorou — disse Campello.

— 2013 foi o ano da classe média brasileira — afirmou Néri.

— O Brasil praticamente não produz mais analfabetos. Há um acerto nas políticas de alfabetização em todas as classes sociais — ressaltou Paim.

Os ministros só tocaram em aspectos negativos da Pnad, como o aumento da desigualdade, quando foram questionados pelos jornalistas. De acordo com a pesquisa, o índice Gini, que mede a desigualdade, subiu de 0,496 em 2012 para 0,498 em 2013. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o indicador.

Néri considerou que houve uma estagnação no quadro desigualidade em 2013. Segundo o ministro, isso foi algo pontual, pois há alguns indicadores que já mostram uma queda da desigualdade em 2014.

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— A desigualdade vem caindo desde 2001. Tem essa estabilidade de 2012 para 2013, mas se a gente pegar o dado da pesquisa mensal do emprego (PME), há uma queda em 2014. Eu acho que a parada na queda da desigualdade não veio para ficar — afirmou o ministro da SAE.

Segundo Néri, os dados da PME mostram que o índice de Gini vem caindo a uma taxa de 1,2 ao ano em 2014:

— Isso mostra que a parada (da desigualdade) de 2013 não veio para ficar.

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— A desigualdade não pode ser medida apenas por renda. Mas se considerarmos o acesso a um conjunto de bens e serviços, como educação, saúde e saneamento, a desigualdade está caindo. A gente não pode se prender a um debate exclusivo da renda — acrescentou Campello.

Perguntado sobre se estava satisfeito com os números da educação, Paim afirmou:

— Nenhum ministro da Educação pode estar satisfeito se existem analfabetos.

Fonte: ORMNews.

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