Inflação sobe e bate novo recorde no Pará, indica IBGE

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Em 2014, a soma das variações apresentadas pelo IPCA (janeiro, fevereiro, março e maio) da RMB alcançaram 2,75%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido na Região Metropolitana de Belém (RMB), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,79% em maio. Esse é o terceiro maior resultado do País, atrás das evoluções do indicador na Região Metropolitana de Fortaleza (0,95%) e Recife (1,16%). O avanço percentual da RMB, mês passado, também é o mais expressivo do ano para a região, uma vez que supera a alta recorde de 2014, registrado no mês de março (0,53%) e os resultados de fevereiro (0,38%), janeiro (0,50%) e abril (0,52%). Os números foram divulgados ontem (6).A flutuação do IPCA simboliza a inflação ou a deflação oficial em relação ao conjunto de despesas dos cidadãos e no mês de referência, nesse caso em maio. Ao acompanhar as nuances do índice, o IBGE calcula as altas e baixas nos valores do que estiver disponível, legalmente, para o consumo de famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos em treze Regiões Metropolitanas (Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Recife, Brasília e o município de Goiânia).
Em 2014, a soma das variações apresentadas pelo IPCA (janeiro, fevereiro, março e maio) da RMB alcançaram 2,75%, resultado que pode ser considerado o 2º mais baixo entre os demais apurados pelo IBGE. No acumulo das últimas 12 variações mensais do índice, a RMB tem a menor inflação do Brasil, (5,14%), atrás de Salvador, que registrou variação acumulada de 5,46%.

Em maio, assim como em outros meses, o que mais influenciou o aumento do IPCA foram os custos com alimentação, transportes, habitação, cuidados pessoais e vestuário. Juntos, esses segmentos representam mais de 80% no cálculo da variação do índice da região e também do País. São os itens que mais determinam o desempenho da inflação.

A alimentação, na RMB, ficou 1% mais cara e já aumentou 3,93% esse ano. A principal vilã pode ser considerada a carne, que subiu 0,77% e representa 4,93% no cálculo da inflação. Os custos com transportes aumentaram 0,65% no mês de março e subiram 0,34% no ano. O preço dos combustíveis foram elevados em 2,78% e já variaram 2,86% em 2014.

Os gastos com habitação subiram 0,65% no mês e 0,34% no ano. Dentro desse item, o aluguel é o responsável principal, com aumento de 0,48% e importância de 3,57% no resultado final da inflação. Com saúde e cuidados pessoais os cidadãos gastaram 0,29% a mais do que em fevereiro, consumindo as mesmas coisas. Só nesse ano esse setor já apresentou alta de 3,9% nos produtos e serviços oferecidos. As despesas com higiene pessoal, por exemplo, subiram 0,99%. Se vestir, por outro lado, está mais barato para os belenenses, em 2014 (- 0,71%). O preço das roupas, que pesa 5,8% no cálculo da inflação, caiu 0,42%.

Desconsiderando o peso no cálculo de variação do indicador e o grupo de referência, os produtos e serviços que alcançaram maiores alterações no valor em maio foram o tomate (12,14%), o mamão (11,07%), a batata inglesa (10,88%), os tubérculos, raízes e legumes (9,73%), o ônibus intermunicipal (7,69%), o caranguejo (7,69%), a linguiça (6,46%), o vinagre (6,25%), os jogos de azar (5,69%) e a cerveja (5,35%). Juntos esse itens representam 3,36% na inflação oficial.

Nessa mesma avaliação, os valores que mais caíram em março, na RMB, foram os da passagem aérea (15,86%), do bolo (5,21%), do milho verde em conserva (3,81%), do televisor (3,34%), camarão (3,31%), do limão (3,14%), da motocicleta (2,94%), do ventilador (2,90%), da calça comprida feminina (2,87%) e do conjunto infantil (2,82%). Somadas as importâncias dos itens no cálculo do IPCA o resultado chega a 3,2% de peso.

Brasil

A  inflação oficial do governo e que serve de balizamento para as metas inflacionarias perseguidas pelo Banco Central, desacelerou em maio e fechou o mês com alta de 0,46%, ficando 0,21 p.p. abaixo da taxa registrada no mês de abril (0,67%). Em maio do ano passado o IPCA acusou variou 0,37%. Com a alta de maio, a inflação acumulada nos primeiros cinco meses do ano está em 3,33%. O resultado é 0,45 ponto percentual maior que a inflação registrada (2,88%) no mesmo período de 2013. Com o resultado de maio, a inflação acumulada nos últimos 12 meses (taxa anualizada) ficou em 6,37%, também superior aos 6,28% relativos aos 12 meses anteriores.

Os dados do IPCA  foram influenciados pela queda nos preços do item Alimentação e Bebidas, que recuou de 1,19% para 0,58%, entre abril e maio, apresentando desaceleração no ritmo da alta. Os números indicam ainda que, enquanto os alimentos consumidos em casa caíram de 1,52% para 0,41%, entre abril e maio, a alimentação fora de casa subiu de 0,57% para 0,91%. O grupo Transporte também deu significativa contribuição para a queda do IPCA, em maio, ao passar de 0,32% em abril, para – 0,45% em maio. No grupo, o IBGE destaca a queda de 21,11% nas tarifas aéreas, que registraram o mais forte impacto no índice; combustíveis (-0,67%); além de outros como automóveis usados (-0,24%), tarifas de ônibus interestaduais (-0,25%) e o seguro voluntário (-0,48%). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo as dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
INPC
Para famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, a inflação dos preços de produtos e serviços foi registrada em 0,90% na RMB. O percentual é o quarto mais baixo na comparação com as demais treze Regiões Metropolitanas, Brasília e a cidade de Goiânia. Esse resultado simboliza a variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC). Em abril, a evolução foi de 0,57% e em março 0,45%. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, um ano antes da estreia do IPCA.

Os produtos e serviços com mais peso no cálculo do INPC também são aqueles relacionados a alimentação, bebidas, transportes e habitação. No setor de alimentação e bebidas o aumento do preço, em maio, foi de 0,97%. Em relação aos valores com alimentação no domicílio a variação foi identificada em 1,03%. Os custos com transportes ficaram 1,57% mais caros no mês passado o e os gastos com habitação subiram 1,56%.
Sem levar em conta o peso no cálculo de variação do indicador e o grupo de referência, os produtos que alcançaram maiores alterações no valor em fevereiro foram o tomate (12,14%), o mamão (11,07%), a batata inglesa (10,88%), os tubérculos, raízes e legumes (9,72%) e a passagem do ônibus intermunicipal (7,69%).
O INPC nacional fechou maio com alta de 0,60%. A inflação dos produtos alimentícios ficou em 0,86%, enquanto os não alimentícios tiveram alta de preços de 0,53%. Em 12 meses, o INPC acumula taxa de 5,26%, abaixo dos 5,59% do IPCA. Com a alta de maio, o INPC passou a acumular uma alta nos primeiros cinco meses do ano de 3,52%, acima da taxa de 3,02% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses (taxa anualizada), o índice está em 6,08%, acima da taxa de 5,82% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Regionalmente, o maior INPC foi registrado no Recife (1,14%), em virtude da alta de 16,66% nas tarifas de energia elétrica. Os alimentos, com alta de 1,23%, também pressionaram o resultado do mês. Já o menor índice foi o de São Paulo (0,10%) em virtude da queda de 22,37% na taxa de água e esgoto, reflexo dos efeitos do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água.

ORM/Por: Rafael Querrer (Sucursal Brasília)

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

 

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