Produção industrial paraense registra maior avanço do país

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Considerando os últimos 12 meses, o percentual de avanço foi de 4,1%

A produção industrial paraense avançou 36,3% em abril de 2014, na comparação com o resultado apresentado em abril de 2013, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o melhor resultado do País, de acordo com o estudo. O segundo melhor desempenho foi o do Mato Grosso (11,6%). No acumulado do ano, somando os percentuais de janeiro, fevereiro, março e abril, a produção local avançou 13%, o melhor desenvolvimento do País. Considerando os últimos 12 meses, o percentual de avanço foi de 4,1%. Os números foram divulgados ontem (6).
A redução no ritmo da produção industrial nacional (-0,3%) na passagem de março para abril, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por sete dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio de Janeiro (-4,2%) e Rio Grande do Sul (-3,0%). Com os resultados desse mês, ambos apontaram a segunda taxa negativa consecutiva, com o primeiro acumulando perda de 5,2% e o segundo de 6,4%.
Os demais locais que registraram taxas negativas também mostraram quedas mais intensas do que a média nacional: Minas Gerais (-1,8%), Pernambuco (-1,8%), Santa Catarina (-1,6%), Amazonas (-1,6%) e Paraná (-0,4%). Por outro lado, Espírito Santo (4,7%) e Goiás (4,1%) assinalaram as maiores expansões nesse mês, com o primeiro local acumulando ganho de 7,3% em dois meses de taxas positivas consecutivas, e o segundo avançando 10,1% nos três últimos meses. São Paulo (1,7%), Bahia (0,9%), Pará (0,8%), Ceará (0,6%) e Região Nordeste (0,6%) completaram o conjunto de locais que mostraram crescimento da produção em abril de 2014.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,2% no trimestre encerrado em abril frente ao nível do mês anterior, após avançar 0,7% em março último quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado.
Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, cinco locais apontaram taxas negativas: Rio de Janeiro (-1,7%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Minas Gerais (-1,0%), Paraná (-0,8%) e Pernambuco (-0,2%). Por outro lado, Goiás (3,3%), Pará (2,2%), Bahia (1,9%), Região Nordeste (1,2%), Amazonas (0,9%), Santa Catarina (0,6%), Espírito Santo (0,5%), São Paulo (0,5%) e Ceará (0,3%) assinalaram os resultados positivos em abril de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial nacional recuou 5,8% em abril de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos em termos regionais, já que 11 dos 15 locais pesquisados apontaram queda na produção.
Vale citar que abril de 2014 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Paraná (-11,8%), Rio Grande do Sul (-10,3%) e São Paulo (-8,3%), pressionados em grande parte pela redução na produção dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), produtos alimentícios (tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e açúcar VHP) e máquinas e equipamentos (tratores agrícolas, máquinas para colheita, máquinas e aparelhos agrícolas para projetar ou pulverizar e reboques e semirreboques para uso agrícola)no primeiro local; outros produtos químicos (etileno não-saturado, propeno não-saturado, polipropileno e polietileno linear), produtos do fumo (fumo processado e cigarros), couros, artigos para viagem e calçados (calçados de couro feminino), máquinas e equipamentos (reboques e semirreboques para uso agrícola, semeadores, plantadeiras ou adubadores e tratores agrícolas) e bebidas (vinhos), no segundo; e veículos automotores, reboques e carrocerias (caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças e automóveis) e máquinas e equipamentos (válvulas, torneiras e registros, rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou roletes para equipamentos industriais, compressores, empilhadeiras propulsoras, elevadores para o transporte de pessoas, guindastes, pontes e vigas rolantes, retroescavadeiras e tratores agrícolas), no último.
Rio de Janeiro (-6,5%), Santa Catarina (-6,3%), Minas Gerais (-4,9%), Ceará (-4,5%), Goiás (-2,5%), Espírito Santo (-2,0%), Amazonas (-0,6%) e Bahia (-0,5%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.
Por outro lado, Paráe Mato Grosso assinalaram os avanços mais acentuados nesse mês, impulsionados especialmente pelo comportamento positivo nos setores extrativos (minérios de ferro em bruto), no primeiro local, e de produtos alimentícios (tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto), no segundo. Vale destacar a influência da baixa base de comparação nesse mês para ambos os locais, uma vez que Pará (-24,1%) e Mato Grosso (-5,6%) registraram os resultados negativos mais intensos em abril de 2013. Adicionalmente, Pernambuco (3,3%) e Região Nordeste (0,8%) apontaram taxas positivas mais moderadas em abril de 2014.
No indicador acumulado para os quatro primeiros meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou oito dos 15 locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à da média da indústria (-1,2%): São Paulo (-4,6%), Espírito Santo (-4,1%), Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-1,6%) e Goiás (-1,4%). Os demais resultados negativos foram assinalados por Paraná (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Ceará (-0,3%). Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e móveis). Por outro lado, Pará (13,0%), Mato Grosso (8,2%), Amazonas (7,3%), Pernambuco (7,2%), Região Nordeste (2,0%), Minas Gerais (1,6%) e Santa Catarina (0,1%) apontaram as taxas positivas no índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 0,8% em abril de 2014, mostrou clara redução no ritmo de crescimento frente ao resultado verificado em março último (2,1%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas em abril desse ano, mas treze assinalaram menor dinamismo frente ao índice de março último. As principais perdas entre março e abril foram registradas por Rio Grande do Sul (de 7,7% para 5,4%), Paraná (de 4,5% para 2,4%), Ceará (de 9,5% para 7,6%) e São Paulo (de 1,7% para 0,0%), enquanto Pará (de -0,1% para 4,1%) e Mato Grosso (de 4,2% para 5,7%) mostraram os avanços entre os dois períodos.

Por: Rafael Querrer (Sucursal Brasília)

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

 

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