Isabela não matou Aguinaldo. Laudo detalha como empresário morreu; confira

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Morte por homicídio descartada, segundo laudo da Polícia Científica do Pará. Foto montagem arte: Célia Ilma/JC

Única pessoa presente na suíte com Aguinaldo Promissória, 46 anos, no dia em que ele morreu com um tiro de pistola na cabeça, Isabela Ataíde Lira, a namorada do empresário, não foi quem o matou na madrugada do dia 25 de setembro deste ano em Santarém (PA).

É o que revela o laudo de “Levantamento de Local de Crime com Cadáver”, assinado por 2 peritos da Polícia Científica do Pará, Regional do Oeste do Pará, Diana Moraes e Giuseppe Tandredi, cujo conteúdo na íntegra o JC teve acesso.

Além de descartar a morte por suposto homicídio, o laudo é enfático ao afirmar que Aguinaldo Carvalho de Aguiar foi quem disparou a pistola Springfield, calibre 9 milímetros, fabricada na Croácia, modelo XD-M Eliete, com capacidade para 19 munições, contra a sua cabeça – têmpora direita, tendo a bala saído pelo lado oposto e atingido o teto de forro da suíte.

A pistola de calibre 9 mm que matou o empresário e vereador Aguinaldo Promissória. Foto: Reprodução/Laudo Polícia Científica
A pistola de calibre 9 mm que matou o empresário e vereador Aguinaldo Promissória. Foto: Reprodução/Laudo Polícia Científica

“Após analisar os vestígios supracitados [no laudo], foi possível constatar que a hipótese mais provável de ter ocorrido [neste crime], foi de a vítima, por motivo desconhecido, ter efetuado o tiro que ceifou sua vida”, relataram os peritos.

“O fato de a arma utilizada ser destravada com a pegada firme no cabo da empunhadura, aliado ao fato de a vítima ter ingerido álcool (conforme exame complementar de alcoolemia), que diminuiu sua capacidade de percepção de perigo, pode ter contribuído para o desfecho do caso”.

O laudo com 10 páginas, fartamente ilustrado, já foi entregue ao delegado Fábio Amaral Barbosa, que comanda as investigações do crime.

O inquérito está sob sigilo. O policial civil já solicitou à Justiça mais prazo (30 dias) para apurar o caso.

Trajetória da bala

De acordo com os peritos, o percurso da bala, o ângulo de entrada dela no forro da suíte, assim como a altura de Aguinaldo (1,82 metros) e de Isabela Lira, entre outras evidências, afastam o suposto crime por homicídio praticado pela namorada do empresário com a pistola dele.

Essa possibilidade foi levantada, inclusive, por um amigo do casal: o que filmou a cena do crime e postou o vídeo nas redes sociais logo após o crime, ainda na madrugada do dia 25. Trata-se de Wilkson do Rego Figueredo Teles de Sousa, o Will.

“Após identificar o ângulo de entrada do projétil no forro, da trajetória do mesmo, ao observar a altura da vítima e da Sra. Isabela Pereira Ataíde Lira, ao fazer a análise das manchas de sangue, verificar o tipo de lesão e o trajeto do projétil na vítima, além de análise os possíveis cenários […], foi possível constatar que a hipótese mais provável de ter ocorrido foi a vítima, por motivo desconhecido, ter efetuado o tiro que ceifou sua vida.”, destacaram.

Morte na suíte

Posição (decúbito dorsal) em que o empresário foi encontrado morto na suíte em sua casa na avenida Anysio Chaves. Foto: Reprodução/Polícia Científica do Pará
Posição (decúbito dorsal) em que o empresário foi encontrado morto na suíte em sua casa na avenida Anysio Chaves. Foto: Reprodução/Polícia Científica do Pará

A morte de Aguinaldo Promissória, divorciado, pai de 4 filhos, aconteceu na madrugada do dia 25. O parlamentar estava na suíte, de tamanho 4,65 por 4,30 metros, piso cerâmico e forro de gesso, trancado com a sua namorada Isabela Lira.

A suíte é um dos cômodos da residência de nº 1399-A, da avenida Anysio Chaves, bairro Aeroporto Velho, em Santarém (PA). O corpo do empresário foi encontrado pelos peritos em “posição de decúbito dorsal” (deitado de costas), “com membros superiores paralelos entre si” em meio a uma poça de sangue.

O local do crime, segundo os peritos, “estava inidôneo”, ou seja, alterado, modificado, após a prática do crime e antes da chegada da perícia. “Entretanto isto não impediu a realização dos exames periciais”, frisou a Polícia Científica do Pará.

No primeiro plano, a trajetória da bala dentro da suíte. Em baixo, o cartucho da bala que matou a vítima e o desenho da área interna da suíte e o corpo de Aguinaldo. Foto: Reprodução/Polícia Científica do Pará
No primeiro plano, a trajetória da bala dentro da suíte. Em baixo, o cartucho da bala que matou a vítima e o desenho da área interna da suíte e o corpo de Aguinaldo. Foto: Reprodução/Polícia Científica do Pará

Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/11/2023/07:46:07

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