Jornalistas abandonam entrevista após ataques

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Ataques de Bolsonaro à imprensa têm se tornado constantes nas entrevistas que ele concede em frente ao Palácio da Alvorada, onde, em geral, há um grupo de apoiadores (Foto;Reprodução)

Jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio da Alvorada se retiraram de entrevista concedida pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (31), após ele mandar repórteres ficarem quietos e estimular apoiadores a hostilizarem profissionais de imprensa que estavam no local.

O presidente havia sido questionado sobre declarações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem defendido o isolamento social para evitar a propagação do coronavírus, o oposto do que prega Bolsonaro. “Não sei o que ele falou. Eu parto do princípio que eu tenho que ver, não só ler o que está escrito”, começou a responder o presidente.

Um apoiador o interrompeu e passou a hostilizar os jornalistas, com xingamentos. Instado a concluir a resposta, o presidente afirmou que quem responderia, a partir daquele momento, seria o apoiador, que se identificou como “professor opressor”, apelido utilizado pelo blogueiro Emerson Teixeira.

“É ele que vai falar, não é vocês, não (sic)”, disse Bolsonaro, mandando os repórteres ficarem quietos. Os jornalistas, então, se retiraram. Ao notar a saída dos repórteres, o presidente disse: “Vai embora? Vai abandonar o povo? A imprensa que não gosta do povo.”

Ataques de Bolsonaro à imprensa têm se tornado constantes nas entrevistas que ele concede em frente ao Palácio da Alvorada, onde, em geral, há um grupo de apoiadores. No início do ano, chegou a mandar um repórter “calar a boca” e a ofender jornalistas que fizeram reportagens que o incomodaram.

Por determinação da segurança presidencial, os jornalistas precisam ficar em uma área cercada por grades, ao lado de onde se concentram os apoiadores. Depois de um período em que poucos apareceram por lá, eles voltaram a ir diariamente, estimulados pelo pronunciamento do presidente em que chamou de “gripezinha” a covid-19.

Por:Agência Estado

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