Justiça decide hoje se Geddel vira réu no caso dos R$ 51 milhões

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(Foto:Pedro Ladeira/Folhapress)- Ex-ministro de Temer que também atuou nos governos Lula e Dilma é investigado por esconder fortuna num apartamento em Salvador.

A segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir nesta terça-feira (8) se o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão Lúcio Vieira Lima vão se tornar réus no caso do apartamento de Salvador com R$ 51 milhões. A sessão está marcada para começar às 14h.

Em dezembro de 2017, Geddel e Lúcio foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Fachin determinou o bloqueio de bens da família de Geddel.

As investigações apontam que o ex-ministro utilizava imóveis na Bahia, avaliados em R$ 12,7 milhões, para lavar dinheiro. Estão envolvidos Geddel, seu irmão e a mãe, Marluce Quadros Vieira Lima.

Também foram denunciados Marluce Quadros Viera Lima, o ex-assessor pessoal dos políticos, Job de Oliveira Brandão, o ex-diretor geral da Codesal (Defesa Civil de Salvador), Gustavo Ferraz e um dos sócios da Cosbat, empresa suspeita de lavagem de dinheiro, Luiz Fernando Costa Filho.

A turma que vai avaliar o caso de Geddel é formada pelos ministros Edson Fachin, relator do processo, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pediu que a investigação continuasse no STF. Dodge falou sobre o foro privilegiado, já que Lúcio Vieira Lima é deputado.

— O caso em análise envolve a prática de crimes por parlamentar detentor de foro por prerrogativa no STF, relacionados à função pública e no exercício do mandado parlamentar. Portanto, é uma situação que se enquadra nos limites decididos na Questão de Ordem na Ação Penal 937, subsistindo a competência desta Corte para o recebimento da denúncia e processamento da respectiva ação penal.
Caso do bunker de Geddel
A PF (Polícia Federal) encontrou, em setembro de 2017, um apartamento em Salvador (BA) com R$ 51 milhões em notas de R$ 50 e R$ 100, armazenadas em malas e caixas de papelão. O Residencial José da Silva Azi fica localizado no bairro da Graça, considerado de classe média alta.
As investigações da PF afirmam que o local funcionava como um bunker para Geddel Vieira Lima armazenar o dinheiro em espécie. O despacho do juiz Vallisney de Souza Oliveira aponta que o apartamento não estava no nome do ex-ministro, mas que era de pessoas ligadas a ele que permitiam que o ex-deputado utilizasse o espaço.

Geddel foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (MDB) e pediu demissão em novembro de 2016 após uma polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

Calero afirmou que Geddel teria o pressionado para que ele liberasse um empreendimento imobiliário na Bahia, onde Geddel tem um imóvel e que havia sido barrado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), subordinado ao Ministério da Cultura.

Geddel Viera Lima também foi ministro da Integração Nacional no 2º mandato do governo Lula e vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal no governo Dilma.

Dinheiro foi encontrado pela Polícia Federal Divulgação/Polícia Federal
Dinheiro foi encontrado pela Polícia Federal
Divulgação/Polícia Federal

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Fonte: R7/ Giuliana Saringer
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