Lava Jato- Bumlai relatou reunião com Delfim sobre Belo Monte

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O pecuarista José Carlos Bumlai relatou à Polícia Federal (PF) que encontrou-se com o ex-ministro Antonio Delfim Netto, que comandou a Fazenda durante a ditadura militar. O encontro, segundo o pecuarista, ocorreu no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, em meados de 2010. Na pauta da reunião, a construção da Usina de Belo Monte.

(Belo Monte -Foto Divulgação)
(Belo Monte -Foto Divulgação)

Delfim é o alvo principal da Operação Buona Fortuna, fase de número 49 da Operação Lava Jato. A Buona Fortuna, deflagrada na sexta-feira, fez buscas na casa e no escritório de Delfim Netto. A Operação Lava Jato afirma que o poderoso ex-ministro do milagre econômico recebeu R$ 15 milhões em propinas de empreiteiras que fizeram parte das obras da usina.

Desse total, R$ 4,4 milhões já foram rastreados. Ele nega. Em depoimento prestado em 21 de dezembro de 2015, Bumlai relatou que, cinco anos antes, havia recebido “um telefonema de Antonio Delfim Netto ou de Delcídio do Amaral (ex-senador)” solicitando que ele fosse a uma reunião em “um quarto no hotel Maksoud Plaza”. “Dias após, no hotel, estavam presentes Delcídio do Amaral, Antonio Delfim Netto e Luiz Appolonio Neto (sobrinho do ex-ministro da ditadura); a presença do reinterrogando (Bumlai) se devia ao fato de que possuía ampla experiência no setor de engenharia hidráulica”, consta no depoimento dado à PF. Bumlai disse que foram discutidos “assuntos políticos diversos” e que Delfim Netto falou sobre “a questão da formação de consórcios envolvendo a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte”. Bumlai declarou à PF que “um amigo” contou a ele “que Delfim Netto teria recebido um percentual de comissão pela formação do consórcio”. Após saber dessa “comissão”, o pecuarista “solicitou a designação de uma reunião” com um executivo da Andrade Gutierrez. Os advogados de Delfim Netto alegaram que o ex-ministro recebeu honorários por consultoria prestada; e a defesa de Luiz Appolonio Neto “refuta veementemente as acusações”.

Por Jornal do Comércio (

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