Marcha das Vadias em Curitiba faz protesto contra o fascismo.

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Mulheres maquiaram estátua na Marcha das Vadias (Foto: Reprodução/RPC) -Centenas de pessoas se reuniram na Praça 19 de dezembro em Curitiba, na manhã deste sábado (9), para mais uma edição da Marcha das Vadias. O tema do encontro foi “Vadias contra o Fascismo”, que faz referência às situações cotidianas de culpabilização de mulheres vítimas, à promoção da cultura do estupro e o aumento da violência contra as mulheres.

Na concentração na praça, que também é conhecida como “Praça do Homem Nu”, por conta de uma estátua de pedra, manifestantes maquiaram a estátua de uma mulher que também fica na praça. Na convocação do evento, inclusive, o grupo chama o local de “Praça da Mulher Nua”.

Da praça, o grupo percorreu as principais ruas da região central da cidade, como a Catedral Nossa Senhora da Luz, o calçadão da XV de Novembro, o Paço Municipal e a Boca Maldita.

“A nossa principal pauta ainda é contra a culpabilização da vítima, mas a gente procura sempre agregar outras pautas junto. Por exemplo, nós nos posicionamos contra a transfobia, a gente e posiciona contra a LGBTfobia em geral, a gente se posiciona a favor dos movimentos negros, a gente se posiciona a favor os movimentos campesinos, indígenas”, afirmou a estudante Suelen Regina, uma das organizadoras.

A professora Adriana Baggio também elencou a violência como um dos principais motivos para comparecer à marcha. “O objetivo é mostrar que as mulheres têm direito de andar seguras, de viverem com segurança não importando a roupa que elas vistam, profissão que elas tenham, ou o que elas façam, nada disso”, afirmou.

“Marchamos porque, no Brasil, há uma denúncia de violência contra a mulher a cada sete minutos; marchamos porque a cada 11 minutos uma mulher é estuprada e mais de 55 mil casos de estupro são denunciados por ano no país; marchamos porque o Paraná é o décimo nono Estado que mais mata mulheres e Curitiba é a Capital que mais mata mulheres trans”.

A escolha do tema, segundo a organização da marcha, foi feita por conta do contexto social e político, especialmente com a atuação do Congresso em temas como os estatutos do Nascituro e da Família, a retirada dos debates de gênero e diversidade sexual dos planos de educação, e o projetos de lei como a que prevê castração química.

“É pela via institucional que o Estado segue nos matando; é essa política masculina, patriarcal e fascista que temos no Brasil, e que se utiliza de meios arbitrários para criar um governo majoritariamente de homens cis e brancos, e que continuará negando nossos direitos”, diz o manifesto.

Origem da marcha
O movimento surgiu no Canadá, em 2011 após uma onda de estupros ocorridos na Universidade de Toronto, quando um policial convidado para orientar sobre segurança, disse que as mulheres poderiam evitar o estupro se “não se vestissem como vadias”.

Essa fala gerou indignação e diversos protestos que culminaram na primeira Marcha das Vadias. O movimento, que se espalhou pelo mundo, questiona a cultura de responsabilizar as mulheres em casos de agressão sexual.

Mulheres maquiaram estátua na Marcha das Vadias (Foto: Reprodução/RPC)
Mulheres maquiaram estátua na Marcha das Vadias (Foto: Reprodução/RPC)

Por: G1
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