Mulher é espancada com corrente e bambu após flagrar marido com outra

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(Foto: ilustrativas l Reprodução Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) – Após receber ligação, mulher foi até o local, onde flagou a amante e o marido.

Um homem foi preso na manhã do último sábado (23/11) após agredir a esposa, com golpes de bambu e corrente, na aldeia Jaguapiru, em Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande (MS). O autor da ação criminosa, de 27 anos, não teve identidade revelada.

A companheira e vítima do agressor, de 25 anos, recebeu uma ligação sobre o marido e a suposta amante. Ao chegar ao local, a esposa flagrou a traição e também foi agredida pelo homem.

O suspeito foi detido por lideranças indígenas e entregue a uma equipe da Polícia Militar, que o encaminhou para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, onde acabou autuado em flagrante por violência doméstica.

Violência doméstica nas comunidades indígenas

O Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com o maior número de indígenas e as mulheres, assim como a população feminina urbana, também são vítimas da violência doméstica e familiar. Entretanto, sofrem com a distância dos serviços públicos e com o precário acesso à informação.

De acordo com Subsecretaria de Política para Mulheres, em algumas aldeias indígenas, a própria comunidade e as lideranças (Caciques e Capitães) ajudam as mulheres vítimas de violência, divulgando informações sobre a Lei Maria da Penha, transportando-as até a delegacia da cidade ou chamando a polícia quando necessário, o que mostra gradativa superação da resistência quanto às denúncias e mudança de comportamento da cultura patriarcal, atuando para garantir a integridade física e emocional das vítimas.

E como ocorre no contexto urbano, as indígenas também não denunciam por medo, vergonha, por temer represálias da família ou pela falta de condições financeiras para manter o lar na ausência do homem.

Ameaças são os crimes mais registrados pelas mulheres adultas, enquanto que as adolescentes e jovens fazem parte da maioria das vítimas de crimes sexuais. Em 2019, as mulheres indígenas foram 05 das 30 vítimas dos feminicídios registrados no estado.

 

Fonte: Redação Bnews e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/11/2024/14:53:07

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