Mundurukus apoiam família de Novo Progresso para extrair ouro ilegal da terra indígena,diz PF

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Operação ‘Bezerro de Ouro’ foi deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal  — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A família teve bens confiscados pela Justiça Federal, no valor de quase R$ 8 milhões de Reais (R$ 7.868.451,00), considerando os danos ambientais já constatados no caso.

Para Policia Federal a extração ilegal acontece com apoio de grupos indígenas.  A família que é acusada são moradores de Novo Progresso, já tiveram maquinas destruídas pelo IBAMA, são bastantes conhecidos na região como família do Boi na Brasa, que para muitos contribuem, mais que depredam. Eles são acusados de extraírem outo ilegal na região.

‘Não atuam somente naquele local’, diz PF sobre garimpeiros que causaram danos de R$ 8 milhões em terra Munduruku”

Segundo a PF ,30 agentes federais cumpriu seis mandados de Busca e Apreensão e sequestro de bens, sendo cinco no município de Novo Progresso e um na região garimpeira no distrito de Morais Almeida, do município de Itaituba..

Leia mais:PF desarticula grupo que atuava na extração de ouro ilegal em Novo Progresso e Moraes Almeida

Operação ‘Bezerro de Ouro’ foi deflagrada nesta quinta-feira (6) para desarticular grupo criminoso que age em Jacareacanga (PA). Investigações começaram em 2018.

O grupo criminoso que atua com extração ilícita de ouro na Terra Indígena Munduruku, no município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, pode ter ramificações em outras regiões. É o que apontam as investigações da Polícia Federal na operação “Bezerro de Ouro”, deflagrada nesta quinta-feira (6). A informação foi divulgada pelo delegado federal Gecivaldo Vasconcelos, da Delegacia da PF em Santarém.

As investigações apontaram que o grupo causou dano ambiental estimado em quase R$ 8 milhões. Essa estimativa foi feita através de laudo técnico pericial. “Esse laudo é decorrente de uma outra investigação da Polícia Federal fez em 2018, denominada ‘Pajé Brabo’, que nessa ocasião entrou-se na Terra Indígena e foi identificado um local onde essas pessoas estava garimpando”, informou.

A Polícia Federal foi identificando as pessoas que atuavam em locais de difícil acesso em Jacareacanga. “Nós já sabemos que aquelas pessoas não atuam somente naquele local específico, mas o que temos agora de concreto é o dano apurado no valor aproximado de R$ 8 milhões”, completou o delegado.

Esse grupo é formado por um núcleo de membros de uma mesma família com histórico na extração ilegal de ouro e atua na Terra Indígena consociada com alguns indígenas pró-garimpo.

 Delegado da Polícia Federal Gecivaldo Vasconcelos, durante coletiva — Foto: Geovane Brito/G1

Delegado da Polícia Federal Gecivaldo Vasconcelos, durante coletiva — Foto: Geovane Brito/G1

‘Bezerro de Ouro’

Neste primeiro momento da operação, segundo o delegado, a Polícia Federal quer encontrar provas para melhor identificar as pessoas que exercem a atividade ilegal de garimpo.

Baseado nisso, uma mobilização de mais de 30 agentes federais cumpriu seis mandados de Busca e Apreensão e sequestro de bens, sendo cinco no município de Novo Progresso e um na região garimpeira no distrito de Morais Almeida, do município de Itaituba.

“A investigação já aponta para um número muito elevado de pessoas e ela está em andamento. Só nesse primeiro momento já temos seis mandados e já aponta que são mais de seis pessoas envolvidas porque há alguns endereços que são compartilhados por mais de uma alvo da operação”, ressaltou o delegado Gecivaldo.

A operação foi denominada como “Bezerro de Ouro” devido ao significado bíblico e temporâneo: sinônimo da adoração de um falso ídolo, uma referência a idolatria ao dinheiro, ou ouro, por exemplo.

Os alvos da operação, se for comprovada a participação no esquema, responderão por Associação Criminosa (art. 288 – Código Penal), pela exploração sem autorização de matéria-prima pertencente a União (art. 2º, da Lei 8.176 de 1991), pelo crime contra o meio ambiente previsto no art. 55 da Lei 9.605 de 1998, e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.

A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de bens de tais pessoas no valor de quase R$ 8 milhões de Reais (R$ 7.868.451,00), considerando os danos ambientais já constatados no caso.

Avanço da Covid-19

Além do combate à extração mineral ilegal, ao desarticular a atuação desse grupo, visa conter ou diminuir a invasão na Terra Indígena Munduruku, que em tempos de pandemia aumenta a exposição de tal população ao risco de contaminação pelo novo coronavírus.

 Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Novo Progresso e Itaituba, no Pará — Foto: Ascom PF/Divulgação

Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Novo Progresso e Itaituba, no Pará — Foto: Ascom PF/Divulgação

Jornal Folha do Progresso com informações de Geovane Brito, G1 Santarém — Pará

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