Para está na rota do tráfico internacional de drogas, diz governo

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Estado recebe maconha e cocaína pelas estradas e pelos rios e especialistas apontam que fronteiras precisam ser vigiadas. Narcotráfico é responsável por 80% dos assassinatos em Belém.

A polícia do Pará apreendeu 405 kg de matéria prima usada para fazer cocaína durante uma operação de três dias no arquipélago do Marajó. Foi a maior apreensão dos últimos 15 anos: se misturado com outras substâncias, o produto poderia chegar a 4 toneladas de drogas – uma quantidade assustadora que indica que o Pará está na rota de traficantes internacionais.

De acordo com o delegado geral Rilmar Firmino, faltam pontos de fiscalização na Amazônia. “O que é interessante ainda em respeito ao tráfico de drogas no Pará é a desativação da base Candiru desde 2009, um posto de fiscalização em que todas as embarcações eram paradas e revistadas”, questiona.

As rotas do tráfico

Segundo os policiais, a droga chega no estado de duas formas: pelo rio ou pelas estradas. A rota dos rios começa na cidade de Letícia, na Colômbia, e entra no brasil por Itabatinga, no Amazonas. De lá segue para Manaus e Itacoatiara, entrando no Pará por Santarém até o Marajó, de onde é trazida para Belém.

As estradas são mais usadas pelos traficantes do Peru e da Bolívia. As drogas entram no Brasil pela rodovia BR-010, passando pelo Mato Grosso e Goiás até chegar ao Pará, onde é distribuída por Marabá e Redenção, no sudeste do estado.

“Quando a gente apreende aquela maconha limãozinho, ela entra pelo Paraguai e vem pelas estradas. Agora a maconha Skank vem justamente por essa rota, Manaus e entra no estado do Pará através de Santarém e Monte Alegre”, explica Hennison Jacob, diretor da Divisão Estadual de Narcotráfico.

Rastro de morte

O problema é que os danos causados pela droga na sociedade vão muito além do consumo. “Furto, assalto seguido de morte, a gente sabe que as pessoas assaltam para pagar dívidas com o tráfico ou para consumir drogas, e tem outras questões que envolvem conflitos pela venda nos bairros de Belém. Um conjunto de ações criminosas com relação direta e indireta com o narcotráfico no estado do Pará”, explica o especialista em segurança Pública Aiala Colares.

Dados da Segup atestam que 80% dos homicídios registrados em Belém tem ligação com as drogas. Por isso, para colares, a solução seria uma ação emergencial do poder público. “Existe uma necessidade emergencial de uma ação mais efetiva do estado em termos de segurança pública nessa fronteira, com contingente de pessoal para trabalhar, instrumentação técnica, para fazer o combate da entrada de cocaína na fronteira brasileira”, conclui Aiala.

Fonte: G1 PA.
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