Pará registra 94 mil trabalhadores a mais com carteira assinada
Sobe número de trabalhadores com carteira assinada (Foto: Eduardo Matysiak / Futura Press / AE)
Apesar do crescimento, Estado continua entre as maiores taxas de informalidade do país
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), mostram que o número de paraenses em situação de informalidade no mercado de trabalho fechou o ano de 2023 em queda. A pesquisa registrou no último trimestre uma taxa de 57,4%, contra de 60,8% no mesmo período do ano anterior. Para o economista Valfredo de Farias, o número elevado de trabalho informal prejudica a economia local, mas principalmente o trabalhador informal.
Apesar do aumento no número de carteiras assinadas, o Pará ainda aparece entre os estados com as maiores taxas de informalidade no país, registrando 57,4%. Outros estados também se mantiveram com altos índices, o Maranhão aparece com 57,8% e o Amazonas com 54,6%. Em contrapartida, os estados de Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo registraram redução no número de informalidade, com 27,6%, 30,47% e 31,2%, respectivamente.
De acordo com a supervisora da pesquisa em nível estadual, Angela Gemaque, “esse recuo está relacionado ao aumento significativo com carteira de trabalho assinada, foram 94 mil trabalhadores com carteira assinada”, um aumento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2022. O Pará ainda apresenta outros números relevantes, como a queda de 8,2% na taxa de desocupação e o crescimento de 2,3% no rendimento médio do estado, o equivalente a R$2.279 reais.
Prejuízos e benefícios
Embora reconheça a contribuição indireta dos trabalhadores informais através do consumo, o economista Valfredo de Farias, aponta prejuízos à economia local devido a não regulação desses trabalhadores.
Segundo ele, “a partir do momento que ele tá informal, tá invisível para o estado, ele não gera receita para o estado através do pagamento de impostos”, ressalta. Ainda lembra da ausência de direitos trabalhistas devido à invisibilidade para o estado, “não vai ter décimo terceiro, não terá férias, não terá o fundo de garantia, esses são os grandes problemas, porque ele perde os direitos todos e não gera receita para o estado”. O especialista também conclui de maneira geral sobre a participação dos autônomos “que até hoje os benefícios são maiores do que os malefícios para a economia”.
Profissionais
Arquiteta e construtora, Ingrid Oliveira optou por não seguir no mercado formal e aponta o horário flexível e a liberdade de escolha como as principais vantagens desta modalidade de trabalho. “Posso montar meu horário de trabalho, posso trabalhar em Home Office, então tem essa flexibilidade do tempo e eu sendo a minha própria chefe eu posso montar tudo isso”. A profissional ainda destaca o benefício de estabelecer uma rede clientes que dialogue com sua metodologia de trabalho.
“Eu sempre tenho o poder de escolha tanto na parte administrativa que é o escritório, quanto na parte executiva que é a obra”, explica.
Informalidade lida com instabilidade da ausência de um salário fixo Apesar da liberdade, a profissional autônoma compreende a instabilidade da ausência de um salário fixo e da contribuição ao fundo de previdência social. A arquiteta prefere fazer investimentos por conta própria que possam lhe assegurar um retorno financeiro maior a longo prazo.“A opção que eu sigo de ser uma profissional liberal e me organizar financeiramente para o meu futuro me dá um retorno, uma situação melhor do que a aposentadoria me daria, a aposentadoria formal”, explica. Embora entenda a Previdência Social como um “recurso supernecessário do estado”, não consegue acreditar na sua eficácia para todos. Para ela, o “investimento é uma parte fundamental” na segurança financeira a longo prazo. Na sua visão, a atitude de olhar à frente precisa ser hábito para todo profissional autônomo. “Quando a gente tira todas as despesas, o que sobra de lucro, uma parte é para viver o meu presente e a outra parte é para o futuro, então, o investimento é um ponto crucial”, conclui.
“Tem muitos que pagaram [o INSS], eu já fiz o contrário, comprei casas”, afirma o feirante de 41 anos, Ulisses Silva, que trabalhou de forma autônoma durante toda a sua vida na feira do Ver-o-peso.
O profissional compartilha da mesma segurança quanto ao seu futuro e segundo ele, a sua solução para contornar a ausência de contribuição na aposentadoria está no investimento. “Não vou depender só do Ver-o-Peso, mas também não vou depender só de um salário mínimo”, afirma.
Fonte: O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 18/02/2024/16:30:14
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