PMs atiram por engano em carro com mulher e criança, em Belém

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(Foto Reprodução) – Uma mulher denuncia que teve o carro baleado por engano durante uma abordagem de policiais militares realizada neste domingo (4) no bairro do Marco, em Belém. A pedagoga Jennyfer Souza relata que seguia em seu veículo com o filho de 1 ano e 10 meses no banco de trás, quando teve um pneu e o tanque de combustível atingido por tiros disparados por militares que procuravam por carro de criminosos.

A Polícia Militar informou que abriu inquérito para investigar o caso e identificou os policiais envolvidos, determinando que eles exerçam somente atividades internas e administrativas até a conclusão das investigações, que serão presididas pela Corregedoria do órgão.

Jennyfer lamentou o trauma deixado pela situação. “Eu já não gosto de dirigir sozinha e agora mais ainda, depois dessa. O susto vai demorar a passar”, disse a pedagoga. A motorista relata que seguia pela avenida Romulo Maiorana por volta de 18h30, chegando no cruzamento com a travessa Estrela. O veículo seguia em velocidade baixa e foi abordado por dois policiais militares em duas motocicletas.

“Eu fiz a curva e ele efetuou um disparo no meu veículo. Atingiu o pneu e o tanque de gasolina. Eu parei o carro, baixei o vidro, baixei o vidro de trás. Quando ele percebeu que tinha uma mulher e uma criança no carro, ele começou a me xingar, falando que eu era doida, porque eu não havia parado”, relata a motorista.

Segundo a vítima, os militares não fizeram sinalização para que ela parasse o veículo, que teria sido confundido com outro de mesma marca usado por criminosos. “Se a bala não atingisse o tanque, poderia ter atingido o meu filho que estava atrás. Como é que a polícia, sem treinamento, fez uma abordagem dessa forma? É um absurdo”, lamenta Jennyfer.

Na tarde desta segunda-feira (5) o carro passou por perícia com prazo de dez dias para o resultado. A família registrou um boletim de ocorrência na seccional do bairro de São Brás e denunciou o caso na corregedoria da PM. “Nós vamos entrar com um processo contra o estado, porque foi um susto desnecessário e eu quero o ressarcimento do meu veículo”, disse Jennyfer.

“A gente olha o policial e vê ele como nosso defensor, né? Aquele que ajuda a sociedade. Hoje a gente anda com medo não só de bandidos, mas também de policiais. Nós estamos aqui buscando justiça, apenas. Colocando a situação que nós vivemos ontem. Foi muito difícil”, diz Ana Cristina Souza, irmã de Jennyfer.
Por G1PA
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