Prefeito de MT promete rifa de picape se cidade for campeã de votos em Bolsonaro; procurador manda PF investigar suposta compra de voto

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Carlos Alberto Capeletti (PSD), prefeito de Tapurah (MT) — Foto: Reprodução

Justiça entendeu que caso é de propaganda ilegal e proibiu evento e divulgação do vídeo publicado na última semana.

A justiça eleitoral mandou o prefeito de Tapurah, Carlos Alberto Capeletti (PSD), apagar um vídeo em que promete o sorteio de um carro 0 km aos moradores, caso a cidade seja a líder do estado em número de votos para Bolsonaro.

Na decisão, a justiça configurou a ação como prática ilegal de propaganda eleitoral. O Ministério Público acionou a Polícia Federal para apurar possível compra de votos.

O vídeo foi publicado na última semana. Na cidade, que fica a 400 km da capital, Cuiabá, Bolsonaro recebeu no primeiro turno 4.751 votos, 73,05% do total dos votos válidos. Na imagem, o prefeito diz que faria um sorteio usando o comprovante de votação dos moradores, caso a cidade atingisse o primeiro lugar no estado em percentual de votos para o atual presidente.

“Então, eu quero propor aqui ao eleitor de Tapurah, para sermos o município que mais terá o índice percentual a Bolsonaro. Farei uma rifa de uma picape Strada, 0 km, se nós atingirmos o primeiro lugar no estado em percentual em prol do Bolsonaro, certo?”, disse em trecho do vídeo.

Nas imagens, ele também critica o candidato da oposição e traz falas ameaçadoras, como de problemas econômicos, caso Bolsonaro não leve a eleição. O prefeito ainda pede que os moradores façam campanha em prol do candidato.

Após a publicação, a justiça eleitoral acionou o prefeito determinando que a publicação seja retirada do ar. Para a justiça, o vídeo configura “prática ilegal de propaganda eleitoral” e “inequívoco oferecimento de vantagem a eleitores”.

Na decisão deste domingo (9) determinou ainda que fosse cancelado qualquer sorteio e a divulgação do vídeo em quaisquer outros canais. As medidas devem ser adotadas sob pena de R$ 100 mil em multa, caso o prefeito continue divulgando o sorteio ou promova eventos semelhantes.

As plataformas onde o conteúdo foi publicado também foram acionadas sobre a decisão para garantirem que o conteúdo seja apagado das redes, já que o conteúdo vinha sendo compartilhado.

Por telefone, o prefeito Carlos Alberto Capeletti informou ao g1 que ainda não foi notificado, mas que cumprirá a determinação da justiça e não vê a gravação, que foi feita por ele e compartilhada em grupos de WhatsApp, como compra de votos, já que não é candidato.

“O intuito era colocar Tapurah como município que mais teve votos em prol de Bolsonaro e que menos teve abstenção. Então, resolvi fazer o sorteio da caminhonete. Na minha concepção, o ticket de votação do segundo turno é porque tem o nome do eleitor e seria sorteado esse ticket. Quem votou no Lula, quem votou branco ou nulo vai participar também. Não tem como eu saber em quem ele votou”, disse. (Com informações do G1 MT e TV Centro América).

Jornal Folha do Progresso em 11/10/2022/

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