Produtores de chocolate do oeste do Pará deixam festival carregados de conquistas

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Eles enfrentaram 1.400 km por estrada, de Itaituba até Belém, trazendo produtos únicos, e retornam pelo mesmo caminho com muitos saberes, contatos e novos horizontes  – (Foto: Divulgação).

Conhecida por amigos e pelos clientes em Itaituba, município da Região de Integração Tapajós, sudoeste do Pará, como “Maria do Doce”, a agricultora Maria Gomes, moradora da Vicinal do Cacau, na Comunidade do Monte Moriá, percorreu um longo caminho para participar do Chocolat Amazônia, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Ela integrou a caravana de produtores que saiu inicialmente de Itaituba, seguiu para Rurópolis – município vizinho – e posteriormente para Belém, percorrendo mais de 1.400 quilômetros.

Depois de ver seus produtos fazendo sucesso no festival, ela retornou para casa no mesmo ônibus que trouxe mais sete produtores na caravana do oeste paraense. Todos com os mesmos objetivos: divulgar seus produtos e adquirir conhecimento. O grupo deixou a capital paraense por volta do meio-dia deste domingo (20), e só deverá chegar a Itaituba nas primeiras horas da próxima terça-feira (22). Parte do grupo desembarca na noite de segunda-feira (21) em Rurópolis.

Produtoras do oeste paraense voltam para casa com orgulho do trabalho apresentado no festivalFoto: Divulgação
Produtoras do oeste paraense voltam para casa com orgulho do trabalho apresentado no festival – (Foto: Divulgação).

“Marca da roça” – Maria do Doce é uma das trabalhadoras que têm o cacau como fonte de renda, e que recebem incentivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), realizadora do Festival Internacional do Chocolate e Cacau. Sobre o aprendizado que leva para Itaituba, ela foi enfática: “Orgulho das origens do seu produto”.

“Em relação ao que apresentamos no festival, eu confesso que fiquei surpreendida com a boa aceitação do produto. Não fugi da minha origem. O meu produto é rústico, de agricultura familiar, cacau plantado de forma orgânica, feito na panela mesmo. Despertamos muito a curiosidade do público”, contou a produtora.

Ela disse que antes de iniciar sua participação no festival estava com certo temor de como seu produto seria recebido, diante da grandiosidade do evento, já que era sua primeira participação. “Eu nem tenho palavras para dizer o quanto fiquei agradecida, pois foi desafiador. Me sinto honrada em ter participado desse evento”, garantiu a produtora.

Maria Doce destacou, também, que leva vários pontos positivos dessa experiência, entre os quais a aceitação do produto, o conhecimento adquirido nos cursos realizados e a divulgação espontânea do público, que provou e gostou do fruto do seu trabalho. “Fiz um curso para melhorar o meu trabalho, para me dar oportunidade. Agora, quero deixar um recado aos demais produtores: não fuja da sua origem; essa é a sua marca, a marca da roça”, ensinou a agricultora.

Entre os contatos no festival, informou Maria, estão grupoa do Japão e da Espanha. Ela ressaltou que, por trás do sucesso do seu produto há todo um processo. “Eu não nasci fazendo doce. Por trás de tudo isso tem uma história”, fez questão de ressaltar.

Incentivo – Assim como ocorreu com “Maria do Doce”, a participação do grupo de produtores de Itaituba no “Chocolat Amazônia” contou com o apoio do Governo do Pará, por meio da Sedap, com a Regional de Itaituba, e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), via escritório regional no município. O festival conta com o financiamento do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).

O coordenador da Regional da Sedap em Itaituba, João Paulo Meister, acompanhou em Belém o trabalho dos expositores. “Trouxemos sete produtores que ficam mais a oeste do Estado. Temos exemplo de superação”, destacou o coordenador.

Ele ressaltou que as produtoras oriundas da Vicinal do Cacau integram a feira denominada “Maria vem com as Outras”, e saem fortalecidas do festival. “Com certeza retornam com a autoestima lá em cima porque acertaram em cheio. Levaram para o festival produtos rústicos e artesanais, que trazem uma história de vida por trás do produto, e o consumidor exigente e consciente quer esse produto. Que não seja simplesmente a compra do produto em si, mas que traga o social junto”, disse João Paulo Meister.

Entre as mulheres citadas pelo coordenador estão Maria Gomes Albuquerque e Francisca Alves da Silva, que percorreram mais de 1.400 quilômetros até a capital. “Meu coração está a mil, pois esse aprendizado foi excelente. Contamos muito com o apoio da Regional da Sedap em Itaituba. O coordenador foi uma luz para nós, pois eu pensei em desistir, mas ele insistiu para que nós participássemos do festival, e tivemos mais de 90% de aceitação”, desatacou Maria Albuquerque.

Determinação – Assim como as mulheres de Itaituba, o produtor Roberto Carlos da Matta não mediu esforços em percorrer a imensa distância que separa o oeste do Pará da capital paraense com a finalidade de divulgar seu produto e adquirir novos conhecimentos no festival. Ele viajou por 22 quilômetros para chegar até a BR-163 (Cuiabá-Santarém), saindo do Assentamento Terra Nossa, em Altamira; mais 100 km para chegar até Novo Progresso; mais 400 km até Itaituba e mais 150 km para chegar a Rurópolis, e só então embarcar na caravana em direção a Belém.

O produtor destacou a importância de participar de uma programação como o festival. “Eu participei bastante do Fórum, e vamos botar as coisas em prática para dar muito certo”, garantiu Roberto da Matta.

 

Fonte: Rose Barbosa (SEDAP) e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/08/2023/07:52:20

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