“Quando a gente vai descer é recebido a bala” diz garimpeiro ao relatar dificuldades para sair da Terra Yanomami, em Roraima

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Em vídeo, o garimpeiro conta que mesmo com a liberação para deixar o território, garimpeiros enfrentam barreiras impostas pelas autoridades e violência policial; “Tá todo mundo aqui querendo ir embora pra rua!” (Foto: Reprodução)

Garimpeiros relatam que vem enfrentando dificuldades para sair da Terra Yanomami, em Roraima, mesmo após as autoridades anunciarem a liberação para os mesmos deixarem o território.

Em um vídeo gravado por um garimpeiro do Uraricoera e enviado ao Giro, ele relata que a realidade é diferente da mostrada nas redes sociais e na televisão, e que quando tentam sair do local, são recebidos a bala pela polícia, além de terem suas canoas paradas e gasolina confiscada.

De acordo com o garimpeiro, muitos trabalhadores estão querendo ir embora da região, mas a situação está complicada. Ele relata que quer voltar para casa, porém, não tem como passar nas barreiras, ele pede a ajuda das autoridades, pois não vê como conseguiria andar 400 quilômetros para deixar a terra indigena.

“Eu sou garimpeiro, eu não sou bandido, eu sou trabalhador, eu tô aqui no garimpo, eu quero ir embora pra casa. Mas aí, se não tem como eu passar na barreira, como é que eu vou embora, vou andando? 400 quilômetros andando”, diz o garimpeiro.

Segundo informações, muitos garimpeiros que estavam trabalhando na Terra Yanomami são da região do Tapajós, no Pará, e alguns ainda estão isolados no local sem conseguir ir embora para a cidade.

Entenda

A saída dos garimpeiros dos garimpos da Terra Yanomami iniciou com as ofensivas iniciadas em 20 de janeiro, quando o governo federal decretou emergência de saúde pública para atender indígenas da etnia Yanomami. A Terra Yanomami enfrenta uma crise humanitária e sanitária sem precedentes, com indígenas enfrentando quadros severos de desnutrição e malária.

Desde que começou a movimentação de repressão ao garimpo na Terra Indígena Yanomami, os garimpeiros começaram a fugir do território.

Estima-se que pelo menos 20 mil garimpeiros estejam na área, habitada por cerca de 30 mil indígenas. A ofensiva contra os garimpeiros começou com o fechamento do espaço aéreo pela Força Aérea Brasileira (FAB), mas a instituição diz que há corredores aéreos para a saída voluntária dos garimpeiros.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram grupos de homens e mulheres deixando a região, caminhando pela floresta e pelos rios, em barcos lotados.

VEJA AO VÍDEO:

 

Por:Jornal Folha do Progresso/Com informações do Portal Giro, em 24/02/2023/14:41:13

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