Saiba tudo sobre a “síndrome mão-pé-boca” e como prevenir e cuidar da doença

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Crianças são as mais vulneráveis ao vírus, mas adultos também precisam de cuidados (Foto:JONNE RORIZ / ESTADÃO CONTEÚDO)

Crianças são principais atingidas por vírus Coxsackie: sintomas exigem atenção

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) fez um novo alerta sobre o registro de casos da síndrome mão-pé-boca no Estado, uma doença cujo o risco deve ser acompanhado o ano inteiro na região. Secretarias municipais de saúde, médicos, enfermeiros e a população em geral são chamados a dar atenção redobrada aos sintomas e aos cuidados com a doença – que atinge na maioria dos casos crianças e pode ter sintomas confundidos com gripes e cataporas, mas pode levar até a morte em casos mais graves. Confira tudo que você precisa saber para se prevenir e cuidar da sua família.

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O QUE É A DOENÇA?

A síndrome mão-pé-boca é uma virose que começa com febre alta por um ou dois dias, seguida por inchaços e dolorosas bolhas vermelhas com pintas brancas na garganta, língua, gengiva, palmas das mãos e solas dos pés. Em alguns casos podem afetar nádegas e genitais. Geralmente afeta crianças.

sidrome.png2Cuidado com recém-nascidos é importante: metade não tem sintomas (Foto:Ary Souza / Arquivo O Liberal)

O QUE CAUSA O MAL?

É a contaminação pelo pelo vírus Coxsackie, um vírus da família Picornaviridae;
O vírus Coxsackie habita normalmente o sistema digestivo, e é responsável por aftas na mucosa da boca;
Esse vírus está dividido em pelo menos dois grandes grupos com 29 subtipos;
No grupo A, são 23 subtipos desse vírus: ele infecta pele, boca, unhas ou olhos;
No grupo B, onde estão os mais perigosos, são 6 subtipos de Coxsackievirus: podem infectar coração, pleura, pâncreas ou fígado;
Em todos grupos o Coxsackievirus pode causar irritação cutâneas, febre, meningite e herpangina (bolhas no fundo da garganta, no céu da boca, na úvula, a “campainha” da garganta, e nas amigdalas);

sidrome.png3 O vírus Coxsackie: sintomas parecidos com os de outras doenças merecem atenção (Foto:Arquivo – O Liberal)

CONFUSÃO COM CATAPORA OU RESFRIADO

Por ser do gênero dos enterovírus, o mesma da varicela, o Coxsackievirus pode levar pais e médicos a acharem que estão diante de um caso de catapora;
É importante  fazer o diagnóstico diferencial com as doenças de sintomas semelhantes;
Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem também ser confundidos com os do resfriado comum;

SINTOMAS

As lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca;
Cerca de 90% das infecções por coxsackievirus causam febre e mal estar;
Febres altas e repentinas, por 2 a 4 dias;
Manchas vermelhas com bolhas branco-acizentadas na boca, amídalas e faringe, que podem evoluir a feridas muito dolorosas;
Bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, nas nádegas e na região genital;
Mal-estar;
Falta de apetite;
Vômitos;
Diarreia;
Dor e dificuldade para engolir e salivação;
Dor de cabeça;
Dores musculares;
Desconforto abdominal;
Conjuntivite;

ATENÇÃO ÀS CRIANÇAS

O vírus afeta principalmente crianças, mas só metade tem sintomas;
Embora possa acometer também os adultos, a doença é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade;
É duas vezes mais comum em meninos que meninas, por causas desconhecidas;

VÍRUS GANHA FORÇA NA REGIÃO

O Coxsackievirus está no mundo inteiro;
Em países tropicais como o Brasil, as infecções ocorrem durante todo o ano;
O período chuvoso contribui para a propagação;

sidrome.png4Chuvas ajudam a proliferar doença no Pará (Foto:Ary Souza / O Liberal)

PREVENÇÃO À TRANSMISSÃO

Não existe vacina contra o vírus da mão-pé-boca;
As bolhas viram feridas podem liberam vírus por contato;
Também pode se passar o Coxsackievirus ao espirrar e tossir;
O uso de máscaras pode ajudar;
Manter a higiene das mãos após contato com corrimãos, maçanetas e barras coletivos e locais públicos;
O vírus também pode ser passado por alimentos e de objetos contaminados;
O período de incubação do virus oscila de um dia a uma semana;
A transmissão ocorre pela via oral ou por contato direto entre as pessoas ou com fezes, saliva e outras secreções;
Evitar o contato muito próximo com o paciente;
Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
Pessoas que de recuperaram podem transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas;

sidrome.png5Escola municipal Escola de Belém: durante sintomas, melhor evitar aulas ou ir ao trabalho (Foto:Fernando Sette – Comus)

HIGIENE AJUDA COMBATE

Manter um nível adequado de higiene da casa, das creches e das escolas;
Não compartilhar mamadeiras, chupetas, talheres ou copos;
Lavar com água e sabão superfícies onde possa haver contato;
Desinfetar ou lavar objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes de doentes;
Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
Os familiares devem lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro;

COMO FAZER DESINFECÇÃO EM CASA

Você pode usar solução de água sanitária diluída em água pura;
Separe uma colher de sopa de água sanitária;
Dilua em quatro copos de água limpa;

CUIDADOS E TRATAMENTO

Geralmente a doença desaparece sozinha, após alguns dias;
Durante esse tempo, é importante beber muita água, suco e sopas, mesmo com dores de garganta;
Prefira a ingestão de alimentos fáceis de engolir: pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete;
Manter a hidratação, tomar soro glicosado, é importante;
Consumir bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água;
Medicamentos antivirais são indicados apenas a casos mais graves;
Deixar pessoas doentes em casa e dispensar ida à escola ou ao trabalho até o fim dos sintomas, em uma semana;

ONDE TER MAIS INFORMAÇÕES

Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Sespa
Telefone: (91) 4006 4836
E-mail: vigilância.epidemiologia@sespa.pa.gov.br

Fonte:Redação integrada de O Liberal.

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