Servidores federais farão paralisações no Pará

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Greve geral vai ser marcada para o dia 14 de setembro em todo o Brasil

Um dia após o anúncio pelo governo federal de uma série de medidas de ajuste fiscal que atinge o funcionalismo público federal, sindicatos começam a se organizar para deflagar um dia de paralisação e greve geral nacional em 14 de setembro. A informação é do coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Pará (Sintsep Pará), Gerson da Silva Lima.

“Primeiro, há de se entender que o governo diz que está adotando essas medidas para conter uma crise financeira. Para nós, isso é falacioso. Não há crise financeira, há uma crise política”, afirmou Gerson Lima. Ele assegurou que o orçamento atual do governo central de R$ 3,3 trilhões é suficiente para atender as necessidades da sociedade brasileira com educação, segurança e saúde pública de qualidade.

“O alvo é acabar com o serviço público e abrir para a terceirização, o governo quer aproveitar a brecha da nova lei da Terceirização para colocar trabalhadores no serviço público sem garantir os direitos trabalhistas que antes estavam respaldados pela CLT”, disse o coordenador-geral do Sintsep.

Na terça-feira, 15, os ministros da equipe econômica do governo Temer anunciaram que todos os aumentos previstos para 2018 devem ser adiados por 12 meses, o que deve gerar uma economia, segundo o governo, de R$ 5,1 bilhões. Essa medida terá ainda que ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Contra todas essas medidas há em curso uma mobilização nacional de servidores públicos federais, que estão chamando servidores estaduais e municipais para encamparem a mesma a luta, já que os sindicalistas acreditam que todo o funcionalismo público, independente da esfera de poder, sofrerá as consequências das novas regras. “Virá o efeito cascata e todos os servidores vão sofrer essas medidas, o que inclui o incentivo à demissão voluntária’’, disse Gerson Lima.

Na prática, há uma agenda sendo fechada a nível nacional que prevê um dia de paralisação e greve para 14 de setembro. “Assim como nós fizemos uma paralisação e greves gerais no primeiro semestre, estamos nos organizando para este semestre também. No dia 14, a gente está prevendo um dia nacional de paralisação e greve geral, com preparação para o chamado de greve por tempo indeterminado em seguida”, frisou o sindicalista.

Gerson disse que o calendário que está sendo costurado nacionalmente envolve outros setores, a exemplo dos metalúrgicos de São Paulo, os trabalhadores do sistema de transporte público e outros. “Nós temos uma frente estadual em defesa da Previdência Pública que reúne sindicatos e federações de servidores federais aqui no Pará, que acompanham o calendário nacional das categorias. Cada uma faz assembleias gerais em seus locais de trabalho e reúne suas diretorias e usa as redes sociais para divulgar as ações”, afirmou ele.

“Vamos colocar nas ruas de Belém outdoors contra a votação da absolvição do Temer e contra os ataques ao serviço público, porque na medida que o governo federal fecha as agências de atendimento do INSS, são os trabalhadores da iniciativa privada que ficam sem esse espaço para cuidar de suas aposentadorias. O mesmo acontece com o fechamento das universidades, vejam o que está acontecendo com a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). A luta é do conjunto da sociedade’’, concluiu ele.

Fonte: ORMNews.
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