Tite faz balanço dos 30 dias de trabalho pela seleção .
Com 91 jogos analisados em um mês, Tite marca viagem para observações no exterior
Em 30 dias de trabalho na CBF, Tite e sua comissão técnica acumularam a análise de 91 partidas, 18 no local. Nesta quinta-feira, o treinador esteve na Granja Comary para trocar informações com o técnico da seleção olímpica, Rogério Micale, e aproveitou para fazer um balanço das realizações desde que foi contratado para a seleção brasileira principal.
Observar tem sido o principal verbo conjugado pelo treinador para compensar a falta de tempo para trabalhar com os jogadores e a urgência por resultados: a estreia será contra o Equador, fora de casa, em agosto, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Em sexto lugar, o Brasil está fora da zona de classificação para o Mundial.
— Minhas maiores preocupações são duas: dar um conjunto, um esquema tático para os jogadores da seleção e confiança para que eles possam desenvolver o melhor. Para isso, é fundamental saber como eles jogam, como estão em seus clubes. Não temos tempo a perder.
Só da seleção equatoriana, Tite e sua comissão técnica já observou dez partidas, sendo duas no estádio. A Colômbia, rival seguinte nas Eliminatórias, já foi analisada em 12 jogos, dois deles também no local.
No Brasil, a peregrinação de Tite tem sido intensa. Sua comissão técnica já acompanhou 36 partidas da Série A, 16 presencialmente. No caminho, o treinador já consultou 16 treinadores, entre eles Zé Ricardo (Flamengo), Ricardo Gomes (Botafogo), Levir Culpi (Fluminense), Cuca (Palmeiras) e Edgardo Bauza (São Paulo).
— Preciso da ajuda deles. É necessária essa troca, até para saber como os jogadores se comportam em uma situação de decisão, por exemplo, se reagem de forma dura ou se são mais calmos.
Viagem para acompanhar treinos no Exterior
Tite e Edu Gaspar possuem viagem programada para a Europa nos próximos dias. Os destinos não foram revelados, mas o objetivo é observar jogadores e treinos nos principais clubes do Velho Continente. A intenção é trocar experiências e informações com os técnicos locais a respeito de atletas observados pela comissão técnica.
Ao mesmo tempo, o treinador pretende assistir nos locais das partidas aos jogos da seleção olímpica. Para a primeira convocação para a equipe principal, ele não descarta utilizar jogadores que se destacarem no Rio-2016.
— Espero que o ataque dessa seleção dê certo. Torço por isso. Tenho certeza de que o Micale vai se preocupar com esse setor. A defesa e o meio precisam jogar mais coletivamente, mas o ataque é lugar da magia, do um contra um, da improvisação.
POR ORM
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