Veja as as 10 cidades com os piores índices de alfabetização no Pará

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 –  (Foto>Reprodução)  – Os dados sobre alfabetização coletados pelo Censo 2022, e revelados semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentam uma situação preocupante para o Marajó. Das dez cidades do Pará com maior percentual de pessoas não alfabetizadas, quatro estão no arquipélago. Por outro lado, o que reforça a preocupação, é o fato de apenas uma cidade marajoara figurar entre as dez paraenses com os maiores índices.
Marajó tem 4 cidades entre as 10 com os piores índices de alfabetização no Pará

Entre as cidades marajoaras com os maiores percentuais de não alfabetizados, a liderança é de Anajás, com 22,58% da população neste espectro. No Pará, o município marajoara só perde para Nova Esperança do Piriá, com 22,93%.

Na sequência, aparecem Afuá com 22,02% (3º no Pará), Portel com 20,55% (5ª no Pará) e Melgaço com 19,88% (9ª no Pará) da população não alfabetizada.

Veja o ranking com os piores desempenhos no Pará

1 – Nova Esperança do Piriá (22,93%)
2- Anajás (22,58%)
3 – Afuá (22,02%)
4 – Garrafão do Norte (21,87%)
5- Portel (20,55%)
6 – Cachoeira do Piriá (20,22%)
7- Bonito (20,17%)
8 – Palestina do Pará (19,89%)
9 – Melgaço (19,88%)
10 – São João do Araguaia (19,38%)

Outro destaque negativo marajoara é a posição de Breves, que tem o segundo pior desempenho no Brasil entre as cidades com população de 100 mil a 500 mil habitantes. Na maior cidade do arquipélago, 20.217 pessoas (18,4% da população) não são alfabetizadas, segundo o IBGE.

No ranking nacional, Anajás e Afuá aparecem na lista de quem tem os 1 mil piores desempenhos, em 647º e 734º lugares, respectivamente.
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Só Soure se salva

O único destaque positivo marajoara é a cidade de Soure, que tem a 9ª maior taxa de alfabetização do Pará, com 94,37% da população nesta faixa.

Os 10 municípios paraenses com maiores percentuais de suas populações locais alfabetizadas (Taxa de Alfabetização) são Ananindeua (onde 97,2% da população local é alfabetizada), Belém (com 97,05% de seus residentes alfabetizados), Marituba (95,61%), Santarém (95,39%), Terra Santa (94,94%), Canaã dos Carajás (94,85%), Parauapebas (94,56%), Benevides (94,44%), Soure (94,37%) e Castanhal (94,12%).

Problema crônico no Marajó

A educação é um problema crônico no Marajó. Conforme no Notícia Marajó informou, em 2022 (mesmo ano do Censo) o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) entregou o relatório técnico que elaborou nos 17 municípios da Região de Integração do Marajó com aspectos preocupantes em relação ao analfabetismo, cumprimento do calendário letivo, além do transporte e alimentação escolar.

Ao todo, foram visitadas mais de 130 escolas nas zonas urbana e rural e conversado com autoridades, trabalhadores do ensino municipal e com a população para conhecer a realidade e elaborar diagnósticos completos da educação na região, nas primeiras etapas do projeto “Fortalecimento da Educação nos Municípios do Pará”. Essa análise permitiu que membros e a equipe técnica do Tribunal elaborassem 17 relatórios que foram entregues aos prefeitos, presidentes de câmaras e secretários de educação dos municípios marajoaras, além de um relatório com dados gerais consolidados sobre a região.

O Marajó é a primeira região a receber o projeto do TCM em decorrência dos índices educacionais apresentados, conforme pesquisas de organizações governamentais e não governamentais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ano base 2021, a rede pública municipal de ensino dos 17 municípios do Marajó tem 1.255 escolas, sendo 143 (11,4%) unidades escolares na zona urbana e 1.112 (88,6%) unidades escolares na zona rural para atender 172.573 alunos matriculados. Deste total, 68.722 (39,8%) alunos estão nas escolas da zona urbana e 103.851 (60,2%) estão nas escolas da zona rural.
Outro dado relevante destaca a necessidade do projeto ser realizado no Marajó. Enquanto no Brasil o abandono escolar nas séries iniciais é de 0,5, no Pará é de 1,7 e, no Marajó, esse número salta para 3,2. Ainda conforme o Inep, nas séries finais, a realidade é ainda mais grave. O abandono escolar dos alunos nos municípios marajoaras chega a quase 8, enquanto no Estado é de 4,5 e no Brasil é de 1,9.

O relatório consolidado de diagnóstico do TCM sobre a educação do Marajó mostra, entre outras realidades, que em 15 municípios da região inexiste o planejamento como ferramenta norteadora da gestão da Secretaria Municipal de Educação e das unidades escolares, totalizando 88% dos municípios. Quando observado a busca ativa dos municípios junto aos alunos durante a pandemia de Covid-19 e o retorno presencial para as salas de aula, 100% dos municípios marajoaras não demonstraram rendimento favorável e, em determinados casos, houve diminuição do número de matrículas.

Outro dado que consta nos diagnósticos do TCM revela que não há, em nenhum município do Marajó, estratégias e iniciativas pedagógicas para redução da taxa de analfabetismo e da distorção idade-série.

Situação no Brasil

O Censo 2022 revelou que, no Brasil, a Taxa de Analfabetismo caiu de 9,6% (2010) para 7% (2022). Com isso, o levantamento de 2022 mostra que 93% da população brasileira é alfabetizada: do total de 162.951.495 de habitantes, 151.547.694 são alfabetizados e 11.403.801 não são alfabetizados (7%). No Pará, 91,24% da população é alfabetizada (5.592.512 habitantes), enquanto 8,76% não é alfabetizada (536.677 pessoas).

No ranking entre todas as Unidades da Federação (UFs), o Pará aparece como o 8º do país com maior quantidade (em números absolutos) de população residente não alfabetizadas e o 12º com maior percentual de sua população não alfabetizada.
Na região Norte, o Pará detém o 3º maior percentual de pessoas não alfabetizadas sobre o total de residentes (8,76%), abaixo do Acre (primeiro da lista, com 12,13% da população não é alfabetizada) e Tocantins (segundo colocado, com 9,06% de não alfabetizados).

Fonte: Por Rainesson Ribeiro /MARAJÓ  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/05/2024/07:46:36

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