Ao menos 33 detentos são mortos em presídio de Roraima

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Foto: Rodrigo Freitas CCOM-MPMA – Ao menos 33 mortes foram registradas madrugada desta sexta-feira (6) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona sul de Boa Vista, capital de Roraima. A informação é da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado.

Em nota, a pasta diz que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar está no local. O governo “esclarece que a situação está sob controle e que o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PMRR (Polícia Militar) está nas alas do referido presídio”.

Em outubro, na mesma penitenciária, uma rebelião provocada por briga entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) deixou pelo menos 10 presos mortos. Três das vítimas teriam sido decapitadas, e sete teriam tido os corpos queimados em uma grande fogueira no pátio da unidade.

Todos os mortos seriam integrantes da facção Comando Vermelho, que domina cerca de 10% do presídio. Os outros 90% são controlados pelo grupo rival Primeiro Comando da Capital.

Até junho passado, PCC e CV eram aliados na disputa pelo controle do tráfico na fronteira com o Paraguai.

Massacre

Há quatro dias, quase 60 presos que cumpriam pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no Amazonas, foram mortos durante uma rebelião que começou no início de domingo (1º) e chegou ao fim na manhã de segunda-feira (2), após mais de 17 horas de duração.

Fontes também confirmaram que a chacina é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas.

Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

Após as mortes, o governador do Amazonas, José Melo (Pros), declarou que não haviam santos entre os mortos no massacre e ainda culpou o tráfico e a superlotação pela decadência no sistema carcerário do Estado.

Depois de três dias das mortes, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), também se pronunciou sobre o assunto e se referiu ao massacre como “acidente pavoroso”.
Agência Estado

 
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