Após Reino Unido anunciar investimento de R$ 500 milhões no Fundo Amazônia, ministro britânico visita Resex Tapajós-Arapiuns

image_pdfimage_print

Graham Stuart em Santarém — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

Ministro Britânico de Segurança Energética e Net Zero, Graham Stuart, visitou projetos de reflorestamento e meliponicultora desenvolvidos no Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa).
O ministro britânico de Segurança Energética e Net Zero, Graham Stuart, realizou uma visita neste sábado (24) à Resex Tapajós-Arapiuns em Santarém, no oeste do Pará, para conhecer projetos do Fundo Amazônia desenvolvidos no Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa).

Além do ministro britânico, estiveram presentes na visita representantes do BNDES e da embaixada britânica, técnicos de campo do Projeto Saúde e Alegria e comunitários beneficiados pelos projetos desenvolvidos.

O ministro saiu da vila balneária de Alter do Chão ao amanhecer e desembarcou na comunidade Carão para as visitas. Graham Stuart conheceu inicialmente a estrutura de energia solar instalada na sede do CEFA.
“É a minha primeira vez na Amazônia. Estou impressionado, o local é inspirador!”, disse Graham Stuart.
“Me senti renovado quando vi o rio que é uma escala que não imaginava, pensei que fosse um mar e fiquei revigorado de ver como aqui as coisas caminham juntas, isso é revigorante”, continuou o ministro.

Guiados por técnicos e comunitários, a comitiva conheceu dois projetos: o viveiro florestal e meliponicultora. As famílias beneficiadas com os projetos recebem capacitações para desenvolver as ações visando a conservação ambiental, a inclusão social e o aumento da renda familiar na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Em entrevista ao g1 e TV Tapajós, o ministro enfatizou que o Reino Unido tem todo interesse de continuar trabalhando no Brasil, principalmente na Amazônia.

“Essas áreas são de grande importância e prioridade, e o Reino Unido quer continuar apoiando as comunidades locais. Exatamente por isso que estou aqui para continuar os engajamentos que o Secretário de Relações Exteriores começou aqui. Tem o acordo para o crescimento verde inclusivo que ele assinou quando esteve no Brasil e está dando continuidade nesse trabalho e também para dar continuidade no anúncio de quando o chanceler veio, de 80 milhões de libras que o Reino Unido vai dar sim para o Fundo Amazônia. Esses recursos vão ajudar as comunidades na produção e manter a floresta em pé e esse sistema de sustentabilidade”, continuou Graham.

Graham Stuart foi recepcionado na Comunidade Carão com um café regional — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Graham Stuart foi recepcionado na Comunidade Carão com um café regional — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

O ministro ficou entusiasmado com o que viu em sua primeira visita à Amazônia e disse que pretende voltar.

“Espero voltar logo ao Brasil e espero que esse investimento de 80 milhões de libras no Fundo Amazônia seja uma abertura para que mais investimentos venham para região e que essa visita abra as portas para outras pessoas que queiram investir”, completou.

Para o coordenador de Assistência Técnica, Márcio Santos, a visita do ministro britânico é importante e estratégica.

“Essa visita é muito estratégica, pois o ministro que está nos visitando faz parte da estratégia de doação de recursos para o Fundo Amazônia e hoje o Centro recebe boa parte de recursos do Fundo Amazônia tanto para as áreas de assistência técnica, como para o empreendedorismo rural, principalmente o turismo. Então é importante eles virem aqui e observar como estão sendo realizados os trabalhos com os recursos do Fundo Amazônia ”, disse Marcio Santos.
Representante do BNDES, Rodrigo Tosta também falou da importância de estar em Santarém visitando um dos projetos beneficiados pelo Fundo Amazônia. Rodrigo destacou que alguns resultados concretos já têm sido entregues.

“Essa iniciativa é muito importante para a região, para gerar receita para as comunidades da região, auxiliar eles a evoluir com suas práticas e desta forma gerar valor também para manter a floresta em pé”, disse Rodrigo Tosta.

Investimentos do Reino Unido na Amazônia
A visita do ministro tem como objetivo conhecer os projetos do Fundo Amazônia e dar continuidade nas conversas entre os governos para fortalecer parcerias. Em maio de 2023 o Reino Unido anunciou que vai contribuir com o Fundo Amazônia.

Pelo Twitter, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou que o valor será de 80 milhões de libras (aproximadamente R$ 500 milhões).

Graham Stuart foi recepcionado por técnicos do Projeto Saúde e Alegria — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Graham Stuart foi recepcionado por técnicos do Projeto Saúde e Alegria — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

Centro Experimental Floresta Viva
De acordo com o coordenador de Assistência Técnica, Márcio Santos, o Centro Experimental Floresta Viva capacita, em média, 4 mil pessoas ao ano. O Centro também é palco de muitas formações.

“O Centro recebe muita formação, tanto na área produtiva quanto nas áreas de educação, saúde e empreendedorismo rural. Atualmente estamos fomentando uma atividade de assistência técnica voltada a recuperação de áreas degradadas e hoje nessa estratégia temos em média 200 famílias recebendo assistência técnica e acompanhamento, temos o viveiro com produção média de 75 mil mudas por ano”, contou Márcio.

Graham Stuart conheceu os trabalhos desenvolvidos no Cefa — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Graham Stuart conheceu os trabalhos desenvolvidos no Cefa — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

O viveiro Florestal
Um dos pontos visitados pela comitiva do ministro britânico foi o viveiro florestal. No local, diversas mudas são cultivadas para posteriormente serem destinadas às famílias para o plantio em áreas degradadas e também para industrialização. Por ano são produzidas, em média, 75 mil mudas.

Viveiro Florestal na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Viveiro Florestal na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

Entre as espécies cultivadas, estão a de maior valor comercial como andiroba, cumaru, cupuaçu, cacau, acerola. O objetivo é reflorestar, mas também captar renda para as mais de 200 famílias beneficiadas pelo projeto.

Além do viveiro visitado, na comunidade Carão, existem outros em 8 comunidades da Resex Tapajós, na Flona Tapajós e no PAE Lago Grande, além de aldeias indígenas que também são beneficiadas pelo projeto.

O Projeto Saúde e Alegria realiza oficinas e capacitações, com o objetivo de dar o apoio e acompanhar a produção até a cadeia ficar fortalecida para as comunidades acompanharem de forma independente.

Viveiro na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Viveiro na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

Meliponicultora
A comitiva do ministro britânico também visitou o Projeto de Meliponicultura do Programa Floresta Ativa, que realiza o manejo de abelhas sem ferrão.

Graham Stuart visitou o projeto meliponicultora na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1
Graham Stuart visitou o projeto meliponicultora na comunidade Carão — Foto: Dominique Cavaleiro/g1

A produção desse ano deve entregar 2 mil kg de mel para a Casa de Mel, onde vai ser beneficiado para ser industrializado e, com isso, gerar renda para mais de 160 famílias.

Joelma Lopes é meliponicultora há 5 anos e é uma das comutarias beneficiadas pelo projeto. Joelma recebeu 120 caixas, além de capacitação e caixas com abelhas e graças a esse apoio, ela já passou para outras duas famílias que também receberam as caixas para a produção do mel.
“Isso é a prova de que é possível viver, captar renda, sem precisar derrubar a floresta. A gente conhecia o mel só para remédio, e hoje, com esses estudos, já descobrimos que ele tem vários benefícios, como para a própria alimentação”, contou Joelma.

“Estou inspirado de ver o que a comunidade tem feito e como os investimentos tem chegado aqui, principalmente com o trabalho na produção de mel, que saiu de 20 para 120 colmeias em 5 anos, isso mostra a potência desse trabalho”, disse o ministro britânico.

 

Fonte: e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/2023/08:37:54

Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique no link abaixo e entre na comunidade:

*     Clique aqui e acesse a comunidade do JORNAL FOLHA DO PROGRESSO

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

%d blogueiros gostam disto: