Audiência pública debate impactos do mercúrio na bacia do Tapajós nesta sexta-feira, 20

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Mineração em terras indígenas do Pará destroem e contaminam o Rio Tapajós, deixando crateras no seu leito. — Foto: Marcos Amend / Greenpeace

O público-alvo da audiência pública é a sociedade civil organizada, instituições governamentais e não governamentais que tenham como objetivo a proteção à saúde e ao meio ambiente.(As informações são do g1 Santarém e Região — PA).

O auditório Wilson Fonseca, na unidade Rondon da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, será palco nesta sexta (20) a partir das 14h, de audiência pública que o Ministério Público Federal (MPF) promove para debater os impactos da contaminação por mercúrio na bacia do Tapajós e para deliberar sobre a criação de um fórum de discussão sobre a contaminação do rio.
De acordo com o MPF, diversos estudos técnicos, dentre os quais os elaborados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Ufopa, apontaram grave estado de contaminação por mercúrio do povo Munduruku, habitantes da bacia.

Detalhes dos resultados encontrados

Nas pesquisas, níveis de mercúrio acima de limites seguros foram detectados em 57,9% a 99,09% dos indígenas avaliados.

Um dos estudos verificou que 72,72% dos examinados relataram algum sinal ou sintoma sistêmico de contaminação, dentre os quais 87,5% eram de origem neurológica.

A análise dos peixes indicou que não há dúvidas que os indígenas ingerem pescado contaminado por mercúrio em concentrações muito acima dos limites reconhecidos internacionalmente como seguros.

Organização da audiência

Foram convidados a compor a mesa representantes de instituições como o Ministério Público do Estado do Pará, Ufopa, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Município de Santarém, Projeto Saúde e Alegria, Sociedade para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente, Grupo de Defesa da Amazônia, Movimento dos Pescadores do Baixo Amazonas, Movimento Tapajós Vivo, Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns, Comissão Pastoral dos Pescadores da Arquidiocese de Santarém, WWF Brasil, pastorais sociais da Arquidiocese de Santarém, entre outros.

O público-alvo da audiência pública é a sociedade civil organizada, instituições governamentais e não governamentais que tenham como objetivo a proteção à saúde e ao meio ambiente.

Quem tiver interesse em participar deve habilitar-se mediante inscrição que poderá ser feita na sede da Procuradoria da República em Santarém, na avenida Marechal Castelo Branco, nº 915, ou pelo e-mail margaretelemos@mpf.mp.br com a indicação expressa no assunto dos termos “Inscrição em audiência pública”, até esta quinta-feira, e no local da audiência, até o início dos trabalhos, podendo ser limitado o número de expositores a critério da coordenação dos trabalhos.

Jornal Folha do Progresso em 19/05/2022

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